Ao mesmo tempo em que se constitui em uma atividade potencialmente influenciável pela mudança do clima, a agricultura também contribui para
o efeito estufa com emissões de gases como o metano (CH), dióxido de carbono (CO), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (NO) e óxidos de nitrogênio (NO). Estima-se que 20% do incremento anual do forçamento radiativa global é atribuído ao setor agrícola considerando-se o efeito dos gases metano, óxido nitroso e gás carbônico (baseado em IPCC,1996a), excluída a fração correspondente às mudanças do uso da terra relacionadas à atividades agrícolas (15%). O metano e o óxido nitroso são os principais gases emitidos pelo setor agropecuário, contribuindo com 15% e 6%, respectivamente, para o forçamento radiativo global (Cotton & Pielke, 1995).
As fontes agrícolas de gases de efeito estufa são o cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária, dejetos animais, o uso agrícola dos solos e a queima de resíduos agrícolas. O cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária doméstica e seus dejetos, assim como a queima de resíduos agrícolas promovem a liberação de metano (CH) na atmosfera. Estima-se que cerca de 55% das emissões antrópicas de metano provêm da agricultura e pecuária juntas (IPCC, 1995). Os solos agrícolas, pelo uso de fertilizantes nitrogenados, fixação biológica de nitrogênio, adição de dejetos animais, incorporação de resíduos culturais, entre outros fatores, são responsáveis por significantes emissões
de óxido nitroso (NO). A queima de resíduos agrícolas nos campos liberam, além do metano (CH), óxido nitroso (NO), óxidos de nitrogênio (NO) e monóxido de carbono (CO).