Segundo Dias e Pires (2003), esse documento deve ser elaborado por uma equipe/comissão de seleção, visando garantir a representatividade da comunidade nas atividades do serviço de informação, contribuindo para uma expansão racional, eqüitativa e equilibrada do acervo. Essa comissão deve se responsabilizar por:
analisar os objetivos gerais da organização à qual está inserida a biblioteca;
definir a extensão e a profundidade na cobertura temática da coleção, segundo os diferentes níveis da comunidade a ser atendida;
conhecer a situação da coleção a fim de elaborar o orçamento necessário para solucionar os problemas;
proceder à análise quantitativa da coleção;
cobrir áreas de maior demanda da comunidade, definindo as prioridades da seleção;
determinar critérios para intercâmbio de material bibliográfico;
determinar critérios para recebimento de doações e descartes;
procurar atender a todas as sugestões, comunicando ao solicitador sobre a aquisição ou não do item solicitado;
determinar critérios para preservação e conservação dos materiais (encadernação e restauração etc);
definir critérios para avaliação do valor da coleção;
definir critérios para duplicação de documentos;
coordenar a reavaliação periódica da coleção, a fim de definir quando e sob quais condições o material será remanejado e descartado do acervo.
Gab. D
MIRANDA, Ana Cláudia Carvalho de. Formação e desenvolvimento de coleções em bibliotecas especializadas. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.17, n.1, p.87-94, jan./abr., 2007.
Esta questão aborda as funções de uma política de formação e desenvolvimento de coleções.
Os objetivos da coleção, os parâmetros gerais e os critérios a serem aplicados de uma política de desenvolvimento de coleções toma por base o perfil de seu público e suas demandas e as características da instituição mantenedora da unidade de informação.
Logo, a elaboração da política depende do conhecimento da comunidade que será atendida pela coleção (Letra D). As características dos diferentes grupos de usuários nortearão a redação da política, definindo prioridades de aquisição em determinados pontos do acervo.
A especificação precisa e detalhada a projeção de gastos anuais (Letra A) terá influência na seleção e aquisição, mas não tem grande influência na redação, visto que a projeção de gastos é periódica e a política tem aplicação de curto, médio e longo prazo.
A redação da política de uma biblioteca é atividade que deve estar ligada as necessidades de seus usuários em concordância com a missão da organização sem precisar obter qualquer tipo de autorização prévia de órgãos externos ou de classe (letra B).
A política não precisa prever um acervo autossuficiente que independa de outros serviços informacionais (Letra C). Ao contrário, neste documento podem ser previstas formas de permuta e convênios com outras bibliotecas que enriqueçam o acervo e a capacidade de satisfazer as necessidades informacionais dos usuários.
Criar parâmetros de censura prévia em consonância com as indicações da direção (Letra E) não faz parte do conteúdo deste documento. A censura deve ser sempre considerada em caráter de exceção em uma biblioteca e com motivos expressamente particulares a cada caso. Logo, não cabe em uma política antever esse tipo de situação.
Gabarito do Professor: Letra D.