Questão 3156172

• Banca: VUNESP
• Órgão: Prefeitura de Sertãozinho - SP
• Ano: 2018
• Provas: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Sertãozinho - SP - Agente de Vigilância em Saúde
• Disciplina: Enfermagem
• Assuntos: Doenças Infecciosas e parasitárias; Outras Doenças Infecciosas e Parasitárias

Num determinado território, existe um local com águas limpas de baixa correnteza e sombreado, onde foi encontrado um dos vetores da malária, o Anopheles darlingi, conhecido por muriçoca, mosquito-prego, etc. Diante dessa situação, as informações relevantes para os moradores são:

• A. a malária é causada pelo Plasmodium, e a transmissão pode ocorrer por meio de transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório, por ocasião de parto e pelo ar contaminado.
• B. a malária é uma doença que se caracteriza por acessos intermitentes de febre, calafrios, cefaleia e sudorese, sendo causada por um parasita que entra no corpo humano através da picada do mosquito, que tem hábitos crepusculares ou noturnos e que, durante o dia, fica ao abrigo da luz excessiva.
• C. a malária é uma doença crônica, infecciosa, causada pelo protozoário denominado Plasmodium; se não for tratada a tempo, pode levar à morte. Ao sentir febre, que é sinal do rompimento das hemácias, o morador deve ir à farmácia adquirir medicação para malária. 
• D. a malária divide o território brasileiro em duas áreas: a região endêmica e a região não endêmica, em virtude da diversidade das situações maláricas no país.
• E. a malária é uma doença infecciosa, e o seu controle se restringe à aplicação seletiva de medidas antivetoriais que compreendem as borrifações espaciais com aplicação de inseticida em nebulizações térmicas diárias, sempre que o número de infectados atingir 50% dos moradores.

Gabarito: B

Comentários

• A malária é uma doença infecciosa cujo agente etiológico é um protozoário do gênero Plasmodium. A transmissão natural da malária ocorre por meio da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles, sendo mais importante no País a espécie Anopheles darlingi, cujos criadouros preferenciais são coleções de água limpa, quente, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia brasileira. Portanto a alternativa A está errada, já que não ocorre a transmissão de pessoa para pessoa, é necessário o vetor. 
  
  O quadro clínico típico é caracterizado por febre alta, acompanhada de calafrios, sudorese profusa e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Para a transmissão é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles, infectada por  Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade. A alternativa B está correta. 
  
  A malária não é uma doença crônica, é uma doença aguda. Alternativa C está errada. 
  
  As ações de controle devem ser rediscutidas de forma permanente, localmente e na esfera tripartite, considerando que a área endêmica para malária no território nacional é vasta e nem sempre as ações desenvolvidas em uma área hiperendêmica se aplicam às áreas com baixa endemicidade. Alternativa D está errada. 
  
  As medidas de prevenção vão muito além do controle de vetores, há também uso de mosquiteiros; roupas que protejam pernas e braços; telas em portas e janelas; limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle da vegetação aquática; entre outros. Alternativa E está errada. 
  
  Gabarito do Professor: Letra B.
  
  
  Bibliografia 
  
  
  https://www.saude.gov.br/ 
  
  
  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Guia de tratamento da malária no Brasil [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 
  
  
  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
  

• Para quem não tem acesso ilimitado: (B)