https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/123456789/3750/1/adubacao-calagem-martins.pdf
Para se chegar à quantidade mensal de fertilizantes para satisfazer as necessidades nutricionais da cultura basta dividir o total mensal de cada nutriente pelo teor percentual do nutriente na fonte selecionada. Durante essa etapa, é comum adicionar mais de um tipo de fertilizante para atender a demanda das plantas em relação a cada nutriente. Para isso, antes de se fazer as misturas deve-se observar a compatibilidade (Figura 2) e a solubilidade dos mesmos, que é dado no rótulo dos produtos, para evitar problemas de precipitação e dissolução. Além disso, a concentração final de sais dissolvidos na solução nutritiva que chega ao gotejador não deve ultrapassar 2 g/L (cerca de 3,0 mS/cm), principalmente quando a fertirrigação é feita utilizando sistemas de irrigação por gotejamento, pois pode ocasionar a obstrução de gotejadores. Podemos simplificar o controle da quantidade de sais dissolvidos fazendo o controle da condutividade elétrica (CE) da solução nutritiva na saída dos emissores. O monitoramento da CE e dos íons dissolvidos na solução do solo também são indispensáveis para o manejo da fertirrigação, por possibilitar, de forma rápida, ajustes necessários na quantidade e no tipo de fertilizantes aplicados, evitando alterações indesejáveis das quantidades de sais e do potencial hidrogeniônico e da solução do solo. Esse monitoramento pode ser realizado por meio de amostragens de solo para obtenção do extrato de saturação ou por meio da solução do solo, extraída por extratores de cápsula porosa. A frequência de coleta é variável e não há um tempo determinado para se medir pH, a CE e os nutrientes disponíveis na solução do solo. Logicamente, quanto mais frequente forem essas medidas, mais rapidamente são identificáveis problemas como faltas ou excessos de nutrientes, 88 lixiviações, pH e CE fora dos intervalos desejados. Para café conilon em fase de formação, sugere-se que a CE deva ficar entre 0,7 a 1,5 mS/cm, enquanto lavouras em produção admite-se uma CE de até 2,5 mS/cm, para lavouras de alta produtividade, sendo mais adequado próximo de 2,0 mS/cm