- ID
- 3187753
- Banca
- FCC
- Órgão
- TJ-MA
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Psiquiatria
- Assuntos
J.A., 24 anos, solteira, estudante universitária de engenharia, apresenta quadro importante de agitação, acompanhada de aceleração do pensamento, fala rápida, com dificuldade de permanecer no mesmo assunto. Quando questionada, paciente fala sentir-se
triste e desanimada e pede um remédio para essa tristeza, chegando a rir e chorar na entrevista. A família nega antecedentes de
quadros depressivos no passado. Informa que nas últimas 2 semanas tem dormido pouco, passando a noite acordada querendo jogar
videogame de dança em casa. No último final de semana foi ao shopping e gastou quase 10 mil reais em compras para os amigos da
faculdade. Conta que adora sair “para a balada” e que tem bebido bastante (“não me lembro bem do que ocorreu nas noites
passadas”). Paciente apresenta-se, ao exame psíquico, consciente, orientada, atenção preservada, porém, com distratibilidade frente
a estímulos; por vezes, chora na entrevista, apresentando grande labilidade emocional, pensamento com perda da direção e presença
de arborizações; crítica prejudicada quanto ao estado mórbido. Paciente vem saindo muito à noite e postando fotos provocativas nas
redes sociais. Diz querer “namorar muito”. Familiar nega conhecimento de uso de drogas ilícitas. Informa que paciente iniciou uso de
lisdexanfetamina (50 mg) há cerca de 2 meses devido à dificuldade de estudar para provas e que o “curso de engenharia era muito
puxado e ela sentia ter déficit de atenção e não conseguir se concentrar o suficiente para acompanhar o curso”. Nos últimos
semestres, familiar refere que J.A. vinha sobrecarregada e se dizia “exausta” e que o uso da medicação ajudou “a dar conta da
faculdade”. Familiar informa que tem tido dificuldade de manter a paciente em casa e que, por vezes, ela se mostra agressiva quando
alguém tenta impedir que saia.
A conduta mais adequada frente à dificuldade da família em cuidar da paciente seria: