Alternativas
Deve-se usar os modos avançados em situações clínicas específicas, desde que o usuário esteja
familiarizado com seus ajustes e que o quadro clínico venha a se beneficiar dos recursos específicos
de cada modo.
PAV (Ventilação Assistida Proporcional ou Proportional Assist Ventilation): é um modo espontâneo
que utiliza a equação do movimento para oferecer pressão inspiratória (Pvent) proporcional ao
esforço do paciente (Pmus). Caso o esforço do paciente se reduza, a ajuda do ventilador também
irá se reduzir. Alguns estudos mostraram melhor sincronia paciente-ventilador com o PAV e
sua versão mais recente, PAV plus, em comparação com PSV. O PAV plus estima o Trabalho
Ventilatório (WOB) do paciente e do ventilador mecânico, usando a equação do movimento e
calcula a Complacência e Resistência através da aplicação de micropausas inspiratórias de 300 ms
a cada 4-10 ciclos ventilatórios. Indicações: para pacientes com drive respiratório, apresentando
assincronia significativa em modo espontâneo, em especial PSV, quando se almeja conhecer o
WOB do paciente e medidas de mecânica durante ventilação assistida, como estimativa de PEEP
intrínseca em tempo real.
NAVA (Ventilação Assistida Ajustada
Neuralmente ou Neurally Adjusted
Ventilatory Assist): é um modo ventilatório
que captura a atividade elétrica do
diafragma e a utiliza como critério para
disparar e ciclar o ventilador, oferecendo
suporte inspiratório proporcional à atividade
elétrica do diafragma. Para funcionar, o modo
NAVA precisa que seja locado um cateter
esofagogástrico com sensores posicionados
no 1/3 distal do esôfago, capazes de captar a
atividade elétrica do diafragma. Em estudos
clínicos, o NAVA associou-se à melhora da
sincronia com o ventilador em comparação
com PSV. Indicações: para pacientes com
drive respiratório, apresentando assincronia
significativa em modo espontâneo, em
especial esforços perdidos em PSV, como
nos pacientes com Auto-PEEP (PEEP
intrínseca).
Maior cuidado em pacientes com doenças
oronasais ou esofágicas que possam impedir
a passagem ou posicionamento adequado
do cateter de NAVA. Deve-se posicionar
e fixar bem o cateter de NAVA, com sua
posição sendo verificada periodicamente.
Após a fixação da sonda, iniciar a medida
de Edi (atividade elétrica do diafragma) e
ajustar o ganho de NAVA (“NAVA gain”) de
acordo com o VC, a frequência respiratória e
a Pressão nas vias aéreas (Edi x Nava gain).
O disparo do ventilador ocorre por variação
de 0,5 μV da Edi. A partir daí o ventilador
enviará fluxo livre em função da leitura da
Edi. A pressão máxima alcançada nas vias
aéreas será o resultado da multiplicação do
(Edi máximo – Edi mínimo) pelo Nava gain
somado ao valor da PEEP extrínseca. A
ciclagem ocorrerá com queda da Edi para
70% do pico máximo de Edi detectado.
Volume controlado com pressão regulada
(PRVC, do inglês Pressure-Regulated
Volume-Control): é um modo ventilatório
ciclado a volume e limitado a tempo. A
cada ciclo, o ventilador reajusta o limite
de pressão, baseado no volume corrente
obtido no ciclo prévio até alcançar o volume
corrente alvo ajustado pelo operador.
É necessário indicar quando se almeja
controle do volume corrente com pressão
limitada, visando ajustes automáticos da
pressão inspiratória se a mecânica do
sistema respiratório se modificar. Deve-se
ter cuidado ao ajustar o volume corrente,
pois esse ajuste pode levar a aumentos
indesejados da pressão inspiratória.