Questão 3240049

• Banca: IBFC
• Órgão: Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE
• Ano: 2019
• Provas: IBFC - 2019 - Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Médico Endocrinologista
• Disciplina: Medicina
• Assuntos: Endocrinologia

A vitamina D é essencial no metabolismo ósseo e do cálcio, e tem sido relacionada a fisiopatogênese de várias doenças. Em relação ao diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) O tratamento da deficiência e suplementação de vitamina D pode ser realizado tanto com a vitamina D3 (colecalciferol), como com o calcitriol. Ambos possuem o mesmo perfil de efeitos colaterais, e a escolha deve ser baseada na disponibilidade e custo.

( ) Em pacientes com doença renal crônica, com dosagem de 25OH superior a 20ng/mL, a reposição de vitamina D deve ser evitada pelo risco de intoxicação.

( ) A deficiência de vitamina D tem sido associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, sendo indicado o rastreamento rotineiro da hipovitaminose D em pacientes com risco cardiovascular ou doença cardiovascular estabelecida, visto que a suplementação nessa população reduz o risco de infarto agudo do miocárdico e acidente vascular encefálico.

( ) Entre as medicações que interferem no metabolismo da vitamina D estão: anticonvulsivantes, antiretrovirais, glicocorticóides e orlistate.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

• A. V,F,V,V
• B. F,F,F,V
• C. F,V,F,F
• D. F,V,F,V

Gabarito: B

Comentários

• (F) O tratamento da deficiência e suplementação de vitamina D pode ser realizado tanto com a vitamina D3 (colecalciferol), como com o calcitriol. Ambos possuem o mesmo perfil de efeitos colaterais, e a escolha deve ser baseada na disponibilidade e custo. 

  "Em nosso meio, a forma mais disponível de vitamina D para tratamento e suplementação é o colecalciferol ou vitamina D e este é o metabólito que tem se mostrado mais efetivo."

  "O uso de calcitriol deve ficar reservado para situações especiais, como na insuficiência renal crônica, nos raquitismos dependentes de vitamina D tipo 1 e tipo 2 e nos raquitismos hipofosfatêmicos, ou em casos de má-absorção extrema. O uso de calcitriol pressupõe um controle muito mais rigoroso da calcemia e da calciúria, pois hipercalcemia pode ocorrer com frequência."

  (https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302014000500411)

  ( F ) Em pacientes com doença renal crônica, com dosagem de 25OH superior a 20ng/mL, a reposição de vitamina D deve ser evitada pelo risco de intoxicação. 

  "Por esse motivo, o tratamento da deficiência e a adequação dos valores circulantes de 25(OH)D são sempre recomendados sempre que as concentrações plasmáticas estiverem abaixo de 30 ng/mL."

  (https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302014000500411)

  ( F ) A deficiência de vitamina D tem sido associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, sendo indicado o rastreamento rotineiro da hipovitaminose D em pacientes com risco cardiovascular ou doença cardiovascular estabelecida, visto que a suplementação nessa população reduz o risco de infarto agudo do miocárdico e acidente vascular encefálico. 

  "A deficiência de vitamina D foi acrescentada como um novo fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV) baseadas em estudos observacionais que demonstram uma forte associação entre a deficiência de vitamina D e mortalidade por doença cardiovascular, sendo o mecanismo de redução de risco obscuro na literatura."

  "Fiscella e Franker () mostraram que negros com níveis de calcitriol no quartil mais inferior apresentaram aumento de 40% no risco de morte por doença arterial coronariana (DAC) ou acidente vascular cerebral (AVC)."

  (https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302014000500411)

  ( V ) Entre as medicações que interferem no metabolismo da vitamina D estão: anticonvulsivantes, antiretrovirais, glicocorticóides e orlistate.