Mantas asfálticas
Um dos materiais mais usados na impermeabilização é a manta asfáltica. Trata-se de um sistema flexível pré-fabricado, formado por um elemento estruturante central - filamentos de poliéster ou véu de fibra de vidro, que conferem ao produto grande resistência mecânica - recoberto em ambas as faces por um composto asfáltico.
A manta é indicada para estruturas sujeitas a movimentação e fissuras, e com dimensões superiores a 50 m2. "Tem gente que usa em espaços menores, mas quanto menor a área para aplicar a manta, maior a possibilidade de falha de execução, devido à necessidade de recortes e emendas".
A norma técnica NBR 9952 - Manta Asfáltica Para Impermeabilização classifica as mantas em quatro categorias conforme as características de tração, alongamento, flexibilidade e espessura, que vai de 3 mm a 4 mm. As mantas também têm acabamentos diferentes, que variam segundo o tipo de aplicação (maçarico ou asfalto quente) e a exposição ao sol e à chuva. Além disso, diferenciam-se com relação ao asfalto usado na fabricação, que pode ser elastomérico ou plastomérico.
Manta de PVC
O uso das geomembranas de PEAD e EPDM é mais indicado para obras de maior porte, como lagos artificiais, aterros sanitários e tanques. Além de proteger as estruturas, a impermeabilização nesses casos também tem o objetivo de preservar o meio ambiente. Elas criam uma barreira física que evita a contaminação do solo e de lençóis freáticos por material orgânico decomposto, óleos e combustíveis.
As mantas de EPDM, assim como as de TPO e PVC, também são bastante utilizadas em obras de edificações, principalmente na impermeabilização de coberturas. Há produtos disponíveis na cor branca, que, segundo o Green Building Council Brasil, reflete os raios solares e, com isso, ajuda a diminuir a temperatura no interior da edificação e no seu entorno.
Impermeabilização rígida
Na impermeabilização rígida, os produtos normalmente incorporam-se às estruturas tratadas (revestimentos de argamassa, pisos de concreto, fundações, etc.), adquirindo suas características. Por isso, sua eficácia depende, sobretudo, da integridade do sistema. Até pequenas fissuras podem servir de caminho para infiltrações e eflorescências.
Como esses produtos não resistem a movimentações intensas, seu emprego se dá principalmente em elementos enterrados, mais estáveis, como proteção contra a umidade proveniente do solo.
Cada produto tem seus próprios métodos de preparo e aplicação. Por isso, siga à risca os procedimentos indicados pelo fabricante e suas especificações sobre o consumo de material, tempo de secagem e necessidade ou não de proteção mecânica. Conheça a seguir os impermeabilizantes mais tradicionais e suas aplicações indicadas.
Exemplos: argamassas industrializadas, produtos bicomponentes ou como aditivos químicos para argamassa ou concreto
Impermeabilização Flexível
As coberturas são de um modo geral, as áreas das edificações que mais sofrem os efeitos do sol e da chuva. Nesses casos, mesmo uma argamassa ou concreto impermeável exige a proteção de uma membrana flexível, a qual acompanha o trabalho da estrutura, impedindo a infiltração de água por possíveis trincas ou fissuras (VEDACIT, 2006).
Há dois tipos básicos de sistemas flexíveis:
• Sistema Flexível moldado no local: membranas asfálticas, acrílicas, e revestimentos poliméricos.
• Sistema Flexível Pré-Fabricado: mantas asfálticas, mantas elastoméricas, Geomembranas PVC.
Membranas moldadas no local
A impermeabilização moldada in loco é obtida pela aplicação, a frio ou a quente, de sucessivas demãos de um impermeabilizante líquido na superfície a ser tratada, que forma, depois de seco, uma membrana flexível e sem emendas. Os produtos desse sistema variam em relação à flexibilidade, à resistência aos raios solares e aos procedimentos de aplicação, entre outros aspectos.
Membrana acrílica
Os sistemas moldados in loco são indicados para espaços menores ou de acesso mais difícil, como áreas molháveis e pequenas lajes, onde o uso de mantas asfálticas é contraindicado.
Sobretudo no caso das membranas líquidas aplicadas a frio, é preciso respeitar o consumo do produto indicado na embalagem, assim como o número de demãos, já que a economia nesse serviço pode resultar em uma impermeabilização deficiente.
Membranas sintéticas
As mantas pré-fabricadas à base de diferentes tipos de materiais sintéticos (PEAD, PVC, TPO, EPDM, etc.) também podem ser utilizados nos sistemas impermeabilizantes. Feitas de ligas elásticas e flexíveis, adaptam-se com facilidade a locais sujeitos a movimentações e vibrações. Também são resistentes aos raios ultravioleta e a ataques químicos, dependendo de sua formulação.