- ID
- 3249322
- Banca
- SELECON
- Órgão
- Prefeitura de Cuiabá - MT
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- História
- Assuntos
“O escravo negro tornado mercadoria do século
XV ao XIX, mercadoria absolutamente indispensável
ao Brasil, não vem de um continente desorganizado,
sem cultura, sem tradições, sem passado. Apesar do
que tenham dito ou pensado certos contemporâneos
europeus ignorantes, no que tem de diferente e
necessariamente inferior, o cativo africano, destinado
a servir ao desenvolvimento das Américas remotas,
tem personalidade e história. (...)
Viram-se na África verdadeiros impérios
centralizados, com brilho e autoridade incontestáveis, confederações tribais, reinos mais ou
menos reconhecidos por seus vizinhos, cidades pousadas com seus ricos mercados nos caminhos do
ouro, das especiarias, do marfim, do sal, dos
escravos e, por toda parte, um povo de guerreiros,
pecadores, pastores, comerciantes e agricultores
(...).”
MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. Editora
Brasiliense. 2º edição. São Paulo, 1988.
O fragmento acima retrata parte da realidade africana
antes mesmo da chegada dos europeus ao
continente.
As formas de vida dos africanos acabaram
facilitando, a partir do século XV, por exemplo, a ação
dos mercadores portugueses e de outras nações
europeias, pois: