Os erros, em inventários florestais, podem ser classificados em:
1. erros amostrais;
2. erros não amostrais;
3. erros sistemáticos;
4. erros aleatórios.
(2) Somente podem ser reduzidos mediante cuidados gerenciais e técnicos, como o controle e aferição dos equipamentos.
(3) Ocorrem quando existe dependência funcional pela magnitude ou direção do erro, como, com o uso de uma trena mais longa que o normal.
(1) Podem ser reduzidos com o uso de métodos e processos adequados.
(4) Ocorrem de forma imprevisível e tendem a se anular se o número de medições for grande.
Erro de amostragem: trata-se do erro que se incorre por se avaliar apenas parte da população.
Segundo Shiver e Borders (1996), três fatores aumentam a probabilidade de ocorrência do erro de amostragem: o tamanho da amostra, a variabilidade das unidades de amostra dentro da população e o método de seleção das unidades de amostra. É notório que amostras maiores, selecionadas sem tendência, propiciam estimativas com menor porcentagem de erro. Se todas as unidades de amostra que compõem uma população fossem amostradas (inventário 100%), o erro de amostragem seria igual a zero.
Erros de não-amostragem: são aqueles que não são advindos do processo de amostragem.
Segundo Husch et al. (2003), os erros de não-amostragem podem contribuir significativamente para o erro da estimativa de um inventário, podendo ser, inclusive, maior que o erro de amostragem. Precauções devem ser tomadas para minimizar a ocorrência desses tipos de erros, pois, uma vez que ocorram, são difíceis de detectar e eliminar; podem ocorrer tanto para o inventário total ou 100% quanto para inventários por amostragem.
Os erros de não-amostragem podem ocorrer de várias maneiras, mas principalmente devido a equívocos na alocação das unidades de amostra, nas tomadas de dados (medições de árvores) ou no registro dos dados ou das observações, emprego de métodos falhos na compilação e erros no processamento dos dados (cálculos, uso de estimadores tendenciosos, falhas nos softwares utilizados etc.).
Os erros de não-amostragem podem ser classificados em dois tipos gerais, dependendo da forma de como eles surgem (excluindo os erros grosseiros ocasionais devido a descuidos ou desatenção):
1) Erros de medição, de ocorrência casual.
2) Erros consistentes, causando tendência “bias”.
Se os erros de medição ocorrerem casualmente, é esperado que a sua média se aproxime de zero. Se a média dos erros é diferente de zero, a tendência é introduzida, causando erros sistemáticos nas estimativas ou “bias”.
Fonte: http://www.mensuracaoflorestal.com.br/capitulo-3-teoria-de-amostragem
Erros sistemáticos: estes erros têm causas diversas e influem na medida sempre num mesmo sentido, para mais ou para menos em relação ao verdadeiro valor da grandeza. Por exemplo, a falta de calibração de um instrumento.
Erros estatísticos: estes erros são resultantes de variações aleatórias da medida devido a fatores não controlados. Por exemplo, a presença de corrente de ar quando se realiza uma medida de massa em uma balança muito sensível.
Fonte: http://www.mensuracaoflorestal.com.br/capitulo-1-principios-e-unidades-de-medida