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ID
3270997
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere o texto a seguir:

Estimativas do hiato do produto (isto é, a diferença entre o PIB corrente e o PIB potencial) para a economia brasileira apontam para -7% a -8% e com um fechamento lento, somente no começo da próxima década. Além disso, as projeções de mercado apontam para inflação abaixo da meta até dezembro de 2019.

REZENDE, F. Qual o futuro dos juros? Valor Econômico,
São Paulo, 3, 4, 5 mar. 2018.

Se as estimativas e projeções mencionadas no texto estiverem corretas, supondo tudo o mais constante, um banco central cuja política monetária se baseie estritamente numa regra de Taylor, em que são conferidos pesos iguais aos objetivos de atingir a meta de inflação e o produto potencial, deveria

Alternativas
Comentários
  • GAB: B

    Pegando como exemplo o regime de metas de inflação do governo brasileiro, o BACEN estipula uma meta para a inflação (geralmente, uma "banda", onde a inflação pode variar). Em regra essa meta é estipulada um ano antes. Se no decorrer do período a inflação ameaça romper essa meta, adota-se uma política monetária restritiva contendo tal avanço.

    Se a inflação ficar abaixo da meta o BACEN pode adotar uma política monetária expansiva, como foi dado na alternativa reduzindo a taxa de jurosconsequentemente aumentando os investimentos

  • Segundo a regra de Taylor, e coeteris paribus, o indicado seria REDUZIR a taxa selic, para fins de aquecimento da economia via majoração dos investimentos, pois I = f (r), dessa forma elevando-se o PIB corrente frente ao potencial projetado, reduzindo-se o hiato do produto.

    Entretanto, há que se ponderar a ocorrência da armadilha de liquidez, pois a taxa selic à época da matéria girava em torno de (+/-) 6,40 a.a. Isso demonstra que a mesma era muito baixa, razão pela qual a inflação pode acelerar em tal hipótese. A maior prova disso é que, de fato, a SELIC foi reduzida de lá pra cá (2019-2020), estando hoje em 2,15 a.a., numa verdadeira armadilha da liquidez, situação na qual não é possível sequer praticar uma política monetária para aquecer a economia. O pior nesse quadro é a depreciação enorme do câmbio (atualmente em 1 dólar para 5, 5 reais), o que desloca a produção doméstica para o mercado externo, criando surto inflacionário na cesta básica, tendo em vista que o Brasil é um país agroexportador.

    Bons estudos.