Recristalização: A recristalização é o processo de formação de um novo conjunto de grãos livres de deformação e que são equiaxiais (isto é, possuem dimensões aproximadamente iguais em todas as direções), com baixas densidades de discordâncias, e que são característicos das condições que existem antes do processo de trabalho a frio.
O encruamento (deformação) é também chamado de 'trabalho a frio' porque ocorre em temperaturas abaixo da temperatura de recristalização.
A temperatura de recristalização é a temperatura em que o metal recristaliza no período de uma hora. Esse processo pode acontecer no recozimento do metal, e existem três etapas definidas: recuperação, recristalização e crescimento de grão.
O aumento da percentagem de trabalho a frio (intensidade de deformação) melhora (ou diminui) a taxa de recristalização, com o resultado de que a temperatura de recristalização é reduzida e se aproxima de um valor constante ou limite sob deformações elevadas. É essa temperatura de recristalização mínima, ou limite, que é normalmente especificada na literatura.
Em resumo, os principais fatores que afetam a recristalização são:
1) uma quantidade mínima de deformação prévia: se o trabalho a frio prévio é zero, não há energia de ativação para a recristalização e ficam mantidos os grão originais;
2) quanto maior a deformação prévia, menor será a temperatura de recristalização;
3) quanto menor a temperatura, maior o tempo necessário à recristalização;
4) quanto maior a deformação prévia, menor será o tamanho de grão resultante (pois será maior o número de núcleos a partir dos quais crescerão os novos grãos).
OBS: Uma estrutura de grãos grosseiros apresenta propriedades mecânicas pobres, ao passo que um tamanho de grão fino fornece ao material alta resistência sem diminuir-lhe muito a ductilidade.
adições de elementos de liga tendem a aumentar a temperatura de recristalização (pois retardam a difusão).