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ID
3320380
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Santa Bárbara - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Inventou-se [...] uma aristocracia da cana, cujo ápice absoluto era ocupado pelo senhor de escravos e seu centralismo político e social. Nos ‘distantes e largos Brasis’, o proprietário da região reinava quase só, raramente havendo interferência da Coroa portuguesa nesses que se consideravam negócios internos. [...]”

SCHWARCZ, Lilia M; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma
biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p 72.

O poder dessa aristocracia da cana, considerando a análise feita pelas autoras da obra Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, era assegurado porque os

Alternativas
Comentários
  • Questão estranha, pois os "agregados" tinham sim, também, importância econômica.

  • É como se fosse um curral eleitoral. O senhor de engenho nesse caso é o cara que tem a influência não só política, mas social e econômica. Tirando o clero, os demais ficam totalmente a mercê dele. Então seu poder é muito forte. Apesar de que falar que os agregados não tinham relevância econômica pode ser impreciso, já que existam os trabalhadores livres e os colonos. Mesmo assim houve uma generalização.

  • GABARITO: LETRA A.

    O poder dessa aristocracia da cana, considerando a análise feita pelas autoras da obra Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, era assegurado porque os agregados (dependentes), setor social difuso, sem papel de importância econômica, mas de relevância política e social, garantiam aos senhores apoio irrestrito, alimentando o seu mandonismo.

    "... havia um mundo social que girava ao redor dessa constelação: agregados e lavradores de cana. Os agregados compunham um setor bastante alargado, que vivia dos favores do senhor e, se não era importante economicamente, tinha relevância política e social, pois oferecia apoio irrestrito a ele e lhe engrossava a influência em suas respectivas regiões. Eram parentes sem propriedades, políticos locais, comerciantes, homens livres, mas não possuíam autonomia econômica ou social. Por isso mesmo, tornavam-se dependentes e faziam da política de favorecimento uma espécie de moeda que alimentava o mandonismo do senhor e sua centralização econômica, bem como política e cultural. [...] Inventou-se, portanto, uma ARISTOCRACIA DA CANA, cujo ápice absoluto era ocupado pelo senhor de escravos e seu centralismo político e social."

    (SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa, M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.)

     

    Bons estudos! (=

    #ESFCEx2023

    @gabig19