Há duas maneiras, baseadas em referências clínicas diferentes, de se localizar a margem gengival das coroas: A primeira toma como referência a gengiva marginal livre saudável e diz que as margens devem ser localizadas 0,5 mm apicalmente a esta. Esta referência em relação à gengiva procura priorizar a estética levando em conta alguma possível retração gengival que posa ocorrer após a instalação das próteses. A segunda forma de localizar as margens diz que elas devem ser localizadas 4 mm coronalmente à crista óssea alveolar e pretende priorizar a saúde periodontal. Ressalte-se, contudo, que mesmo nos casos em que a margem da restauração estiver localizada subgengivalmente, ela sempre deverá estar acima do epitélio juncional do sulco gengival, dentro do assim chamado “sulco gengival histológico”. Também é importante lembrar que a anatomia do osso alveolar não descreve um círculo contínuo em uma mesma altura ao redor do dente. Deve sempre ser recordado que na região proximal o contorno da crista óssea é normalmente convexo e esse formato deve ser respeitado no preparo a fim de não se estender a margem gengival mais apicalmente do que se desejaria.