O Tromboembolismo Venoso (TEV) é a terceira doença vascular mais prevalente, depois do infarto do miocárdio e do acidente vascular cerebral. Por se tratar de uma complicação com altas taxas de morbidade e mortalidade, torna-se um grande problema de saúde pública em nosso País.
Muitos são os fatores de risco para esses pacientes, entretanto, o mais comum deles está associado à imobilidade. A taxa de letalidade para Trombose Venosa Profunda (TVP) é de 5%, enquanto para Tromboembolismo Pulmonar (TEP), chega a 33%.
É um erro pensar que o TEV está relacionado somente a cirurgias recentes ou traumas. Estudos mostram que 60% dos casos provêm de pacientes hospitalizados em pós-operatório e no período pós-alta hospitalar. Já existem relatos informando que 1,3% a 10% dos casos de TEV aconteceram em pacientes com três meses pós-cirurgia ortopédica.
Os pacientes devem ser avaliados individualmente. Essa fase é executada rotineiramente pelo enfermeiro, que utilizará como guias todos os fatores de risco existentes para TEV e o risco de sangramento. Esse momento deve ocorrer em até 24 horas após a admissão do paciente, nas transições entre unidades críticas e não críticas, ou ainda sempre que houver uma mudança de status em sua situação clínica, ou seja, caso haja necessidade de reavaliação.
O enfermeiro se torna mais um elemento de grande importância no processo de prevenção do TEV, visto que a atuação mútua da equipe multiprofissional e a comunicação entre todos os envolvidos nesse processo é fundamental para se atingir as metas propostas pelo grupo.
Outro fator importante na gestão desse protocolo é a simplicidade das informações. Quanto mais simples for o fluxo de avaliação de risco dos pacientes internados, será mais fácil aplicar e incorporar essa prática no dia a dia do enfermeiro e, como consequência, maior será a adesão a essa fase do protocolo de prevenção de TEV.
Fonte: IBSP
São atribuições do enfermeiro na avaliação e prevenção do Tromboembolismo Venoso (TEV): implementação da estratificação do risco para TEV; intervenções mecânicas e físicas para prevenção do TEV; ensino ao paciente sobre TEV. Portanto a alternativa A está correta.
Segundo os autores a rotina da avaliação do risco de TEV ainda é pouco realizada pelo enfermeiro. Entre as barreiras que dificultam a prática está a falta de conhecimento do Enfermeiro, a ausência de protocolos institucionais e de ferramentas que auxiliem a avaliação do risco de TEV. Letra B está errada.
A alternativa C está errada, pois como já citado acima, as instituições não possuem protocolo para TEV, logo não é possível seguir rigorosamente.
No ambiente hospitalar, o tromboembolismo venoso é importante causa de morbidade e mortalidade, estima-se que 60% dos casos do TEV ocorram durante ou após a hospitalização, tornando-se uma das principais causas de óbito hospitalar evitável. Ou seja, o número não é restrito ao pós operatório, mas sim, ao período de internação. Alternativa D está errada.
Gabarito do Professor: Letra A
Bibliografia
Barp M, Carneiro VSM, Amaral KVA, Pagotto V, Malaquias SG. Cuidados de Enfermagem na prevenção do tromboembolismo venoso: revisão integrativa. Rev. Eletr. Enf. 2018;20:v20a14. doi: 10.5216/ree.v20.48735.