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A) Errado. Não "se reduz a pressão múltipla e dispersa de grupos de interesses difusos frente ao governo". Há interesses convergentes. Logo, errada.
B) Com certeza. No mundo do trabalho temos o sindicato dos trabalhadores e do capital o sindicato dos empregadores. Por fim, podemos lembrar do sindicato dos professores. Logo, certa (é a resposta da questão)
C) Negativo. Não podemos apenas falar em equilíbrio pensando no que dita o mercado, mas sim a demanda social. "Mas o que é uma política pública? Trata-se de um fluxo de decisões públicas, orientado a manter o equilíbrio social ou a introduzir desequilíbrios destinados a modificar essa realidade". Fonte: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2914/1/160425_coletanea_pp_v1.pdf
D) Negativo. O melhor mesmo é o aumento da participação social.
E) Negativo. Não podemos apenas falar somente de divergências - há também pontos de convergência.
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Concertação diz respeito à concordância, acordo, conciliação.
Vejamos o que diz Sousa (2009) sobre concertação:
“(...) concertação social como diálogo social tripartido para a co-determinação de políticas públicas por governos, associações patronais e sindicatos e para a busca de consensos sobre questões econômicas e sociais, expressos em acordos e pactos sociais. “
Ou seja, de fato a concertação (concordância, conciliação) de interesses também ocorre por meio de organizações de interesses vinculadas ao mundo do trabalho, do capital e das profissões (associações patronais e sindicatos, por exemplo).
O autor afirma também que esse corporativismo era adepto à propriedade privada, hostil às ideias socialistas em ascensão e não era anti-capitalista, mas anti-liberal.
Ou seja, foi uma corrente teórica e doutrinária alternativa ao liberalismo e ao socialismo nas suas várias expressões, que se propunha a enfrentar a “questão social” (os problemas sociais gerados no desenvolvimento do capitalismo) através do compromisso e da CONCERTAÇÃO DE INTERESSES, em contraposição à luta de classes.
SOUSA, Henrique. Há futuro para a concertação social? Os sindicatos e a experiência do modelo neocorporativo em Portugal. Configurações, 5/6 | 2009, 101-142.
TECCONCURSOS
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Rato concurseiro obrigada pela excelente explicação. Acertei a questão mas tive que reler duas vezes as assertivas e tentar deduzir suas aberrações, visto que inda não vi tal assunto.
GABA b
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O assunto da questão é a Intermediação de Interesses na gestão pública, que pode acontecer pelo: clientelismo, corporativismo, neocorporativismo, fisiologismo e rent seeking.
Corporativismo é quando corporações representantes dos interesses profissionais ou industriais defendem seus interesses em relação aos interesses do Estado, havendo uma troca/conciliação/concertação entre eles. São exemplos os sindicatos, associações de classe, OAB, conselhos regionais de profissões, etc.
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De acordo com a lógica do corporativismo, como instrumento de intermediação de interesses, a concertação de interesses se dá também por meio de organizações de interesse vinculadas ao mundo do trabalho, do capital e das profissões.
gab. B
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https://www.youtube.com/watch?v=vLTxnW-2o20
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Resumindo:
a) grupo de interesses difusos tem relação com pluralismo, não com corporativismo
b) GABARITO. Concertação é acordo.
c) a lógica de mercado não tem nada a ver com o corporativismo.
d) definição da agenda é o que se tem principalmente discutido no governo, ou que tem alta demanda na sociedade, não é principalmente vinculada ao aumento do poder de burocratas
e) nem sempre no corporativismo tem luta de classes ou relações conflitantes
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Letra B
Primeiro, você deveria saber que “concertação” significa “concordância”, “acordo”. Em outras palavras, significa um acordo entre governo e parceiros sociais (tais como sindicatos, associações profissionais, etc.).
Pode-se dizer que o instrumento mais significativo de atuação do neocorporativismo é o pacto social, através do qual os grupos profissionais (entidades representativas dos empregados) e econômicos (entidades representativas dos empregadores), em colaboração com o Estado, delineiam soluções para os problemas econômico-sociais.
Nesse sentido, Sousa destaca a “concertação social como diálogo social tripartido para a co-determinação de políticas públicas por governos, associações patronais e sindicatos e para a busca de consensos sobre questões econômicas e sociais, expressos em acordos e pactos sociais”.
Portanto, está correto dizer que, de acordo com a lógica do corporativismo (em “sentido amplo”), como instrumento de intermediação de interesses, a concertação (concordância) de interesses se dá também por meio de organizações de interesse vinculadas ao mundo do trabalho (sindicatos), do capital (associações patronais) e das profissões (associações profissionais).
Fonte: Estratégia