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ID
3382363
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
UNB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

      Os hábitos dos parasitoides, insetos diminutos, são bastante peculiares: suas larvas se desenvolvem dentro do corpo de outros organismos ou sobre estes. Em geral, cada parasitoide ataca hospedeiros de determinada espécie e, por isso, esses organismos vêm sendo amplamente usados no controle biológico de pragas agrícolas, o que traz benefícios econômicos aos humanos e diminui a necessidade de aplicação de inseticidas tóxicos.

      A diversidade de parasitoides é enorme. Há 150 mil espécies descritas, um décimo dos insetos conhecidos. A maioria dos insetos desse tipo (78%) está distribuída em diversas famílias da ordem dos himenópteros — vespas de tamanho corporal reduzido, em geral, com alguns milímetros de comprimento. Outros (cerca de 20%) pertencem à ordem dos dípteros (moscas) e são representados principalmente por espécies da família dos taquinídeos. Além desses, besouros da família dos estafilinídeos também apresentam a estratégia de vida parasitoide.

      Os insetos endoparasitoides (parasitoides cujas larvas crescem dentro do hospedeiro) apresentam relação fisiológica muito estreita com seus hospedeiros, controlando o metabolismo destes de maneira bastante sofisticada. As substâncias liberadas por esses insetos dentro do organismo atacado alteram muitos processos, desde funções hormonais e mecanismos de defesa até taxa metabólica, composição da hemolinfa (o sangue dos insetos), excreção e desenvolvimento de estruturas reprodutivas.

M. M. do Espírito Santo et al. Parasitosesinsetos benéficos e cruéis. In: Ciência Hoje, vol. 49, 2014, p. 291 (com adaptações).

Tendo como referência o texto acima, julgue o item a seguir.


De acordo com as informações do texto, o parasitismo não deve estar relacionado com o mecanismo de coevolução, já que apenas uma das espécies afeta a evolução da outra.

Alternativas
Comentários
  • Coevolução é o nome dado ao processo pelo qual duas ou mais especies evoluem simultaneamente em resposta às pressões seletivas exercidas pela outra. Este processo pode explicar por que algumas espécies são coadaptadas, isto é, adaptadas mutuamente, como ocorre em insetos polinizadores e flores.

    Mas nem sempre a coevolução promove o benefício mútuo. Em outros casos este processo é antagônico, isto é, enquanto uma parte se beneficia, a outra sofre algum prejuízo. Quando parasitas e hospedeiros, competidores ecológicos, ou predadores e presas evoluem um em relação ao outro, se um dos opostos não desenvolve alguma  em resposta ao seu antagonista, ele pode ser extinto.