Por causa da participação do , o país ajudou a criar a Liga e foi um dos primeiros a integrar-se aos seus quadros.
O Brasil foi por muito tempo o único país americano com assento no Conselho da Liga. Como não havia regras definidas para a ocupação dos assentos temporários, o Brasil passou a ser anualmente reeleito para o Conselho.
No entanto, ao ser o único representante do continente americano, o governo brasileiro achava que deveria ter mais prestígio. Assim começa a campanha por obter um assento permanente no Conselho da Liga. Isto se transformou na meta diplomática fundamental do governo (1922-1926).
O Brasil sustentava a tese de "representação americana” no quadro permanente do Conselho. Na ausência dos Estados Unidos, o Brasil seria o candidato da América com as melhores credenciais para ocupar esta vaga.
Afinal era um país de dimensões continentais, grande população e comércio dinâmico.
Porém, o Brasil não conseguiu reunir o apoio necessário para se eleger como membro permanente do Conselho. Então, o país se retirou da Liga das Nações em 1926.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/liga-das-nacoes/
Bons estudos!
Tendo em mente os fatores explícitos pelo colega noutro comentário,
pode-se dizer que no governo de Epitácio Pessoa (1919 a 1922), como elucida Doratioto, foram os últimos anos da apogeu da diplomacia brasileira na década de 1920, houve uma aproximação entre o Brasil e a Europa explícita diante de várias aberturas de embaixadas na Europa, a retomada dos projetos militares do Barão com a Missão Militar Francesa, dentre outros.
O próximo presidente, Arthur Bernardes, Eugênio Garcia (Entre a América e a Europa) considera como símbolo da instabilidade diplomática brasileira que tem como objetivo conquistar o prestígio nacional diante das greves e o movimento tenentista.
Ações:
Elevação do órgão representativo brasileiro em Genebra para embaixada
Busca atuar nas negociações sobre a inserção da Alemanha na Liga diante da Conferência de Locarno de 1925 que ja anteciparia essa inserção
O Brasil tinha um posicionamento a favor da inserção da Alemanha na Liga, desde que fosse assegurado uma cadeira permanente ao Brasil
Reações:
O Brasil não é promovido
Todos os países (Espanha tinha o mesmo posicionamento mas desiste em ultima hora) votam a favor da inserção da Alemanha, exceto o Brasil que o veta.
A Carta da Liga exigia um consenso das nações para as decisões (umas das razões do fracasso da liga), ou seja, se um vetasse a decisão não seria tomada e entraria na próxima pauta se fosse o caso.
O Conselho da Liga interpreta a ação como uma isolação ao multilateralismo proposto pela liga e começa a articular a saída do Brasil do Conselho para inserção da Alemanha
Diante da ideologia da "honra nacional" o Brasil prefere se retirar da Liga antes que a articulação se concretize ou "volte atrás" no veto
Erro da questão: "O afastamento brasileiro da Liga das Nações sinalizou o desengajamento da política externa brasileira no multilateralismo universal, que tinha, naquela época, seu núcleo nas potências europeias. A reorientação da política externa brasileira foi estimulada pelo governo norte-americano, que almejava estabelecer uma entente Brasil - Estados Unidos, assentada no compartilhamento de uma retórica pan-americanista."
Pode-se dizer que os EUA emergiu dos escombros da Europa, uma vez que era o maior credor da dívida europeia no pós-guerra, ou seja, não há de se falar em potências europeias durante o período de recuperação pós-guerra.
Também, a reorientação diplomática brasileira não se deu pelo estimulo dos EUA, o que houve foram ações tomadas de certa forma "eufóricas" com um proposito nacional de assegurar uma cadeira permanente no Conselho e uma promoção política de Arthur Bernardes no cenário interno.
"De fato, segundo Garcia, a posição brasileira não estava clara nos anos de 1920. Inegavelmente satélites, cabia definir se orbitávamos a esfera de poder europeia ou se já havíamos nos transferido completamente para a esfera Norte-Americana(...)" (João Daniel Lima de Almeida)