DIMENSTEIN, Magda. O desafio da política de saúde mental: a (re)inserção social dos portadores de transtornos mentais. Mental, Barbacena , v. 4, n. 6, p. 69-82, jun. 2006 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-44272006000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 14 jul. 2021.
Ancoramo-nos em Santos (2001) para pensar a reforma psiquiátrica como movimento social mais amplo onde "as formas de opressão e de exclusão contra as quais lutamos não podem ser abolidas com a mera concessão de direitos, como é típico da cidadania, mas exigem uma reconversão global dos processos de socialização" (p. 261). Ou seja, trata-se de um processo de desinstitucionalização do social, do nosso apego à formas de vida institucionalizadas, em que é preciso produzir "um olhar que abandona o modo de ver próprio da razão" (ABOU-YD E SILVA, 2003, p. 41), abrir uma via de acesso à escuta qualificada da desrazão e considerar outras rotas possíveis que possam não apenas lutar contra a sujeição fundante da sociabilidade capitalista, mas também instigar a desconstrução cotidiana e interminável das relações de dominação. Ou seja, é fazer a revolução do dia-a-dia dentro e fora dos serviços de saúde.