O triângulo da fraude
O triângulo da fraude, desenvolvido pelo criminologista americano Donald Cressey na década de 1950, ainda é um modelo válido para análise de riscos e gerenciamento. Cada vértice do triângulo da fraude representa um dos três fatores que aumentam a chance de comportamento antiético e fraudulento em uma determinada situação: pressão, oportunidade e racionalização.
A pressão motiva o fraudador a agir em resposta a situações emocionais ou financeiras. Por exemplo, o ladrão pode ter problemas financeiros como dívidas ou um vício de alto custo, ou pode estar enfrentando pressão para apresentar um fluxo constante de renda à sua família ou aos seus cúmplices. É comum também a pressão por status social.
A oportunidade surge onde existe pouco ou nenhum controle de fraude. Fraudadores pensam que podem agir com impunidade porque ninguém monitora suas ações. No caso da fraude no e-commerce, a oportunidade surge na forma de sites com pouca ou nenhuma proteção e fraca execução da lei.
A racionalização ocorre quando um indivíduo ou grupo sente-se desculpado ao cometer fraude. Muitas pessoas preferem não pensar em si mesmas como criminosas, então aplicam um raciocínio a seu comportamento para encaixá-lo de acordo com seus princípios morais. A razão que encontram pode ser que não ganham dinheiro suficiente, que precisam sustentar sua família, ou que a corrupção está tão disseminada que sua ação não importa no quadro geral.
ACESSO: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/por-que-nivel-de-fraude-varia-por-pais/
GABARITO: Letra C
O triângulo da fraude é composto por três elementos: Pressão, Oportunidade e Racionalização.
Pela racionalização, o fraudador tenta justificar seus atos. O agente se sente perdoado por cometer tal ato, pois, na cabeça dele, esse ato era o melhor entre as opções possíveis. É como se fosse o seguinte: "vou roubar um pouquinho aqui pq já tem tanta gente roubando que minha ação nem vai fazer cócegas". Outra justificativa é que o fraudador se sente injustiçado por alguma coisa, e, por isso, justifica seu ato.
Foi o caso da questão. O recenseador se sentiu injustiçado pela diminuição da remuneração e usou isso como desculpa para praticar fraude.