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ID
3541075
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Paulínia - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Veterinária

O botulismo é uma forma de intoxicação alimentar causada pela toxina da bactéria anaeróbia Clostridium botulinum. Essa doença causa alto índice de mortalidade em bovinos, resultando em grandes perdas econômicas.

Com relação ao botulismo bovino, analise as afirmativas a seguir.

I. Nos bovinos, essa enfermidade é habitualmente descrita em animais criados extensivamente, e geralmente está relacionada com a falta de fósforo nas pastagens ou com uma suplementação mineral imprópria.
II. Animais confinados também podem estar expostos a riscos, principalmente quando estes recebem silagem, feno ou ração conservada inadequadamente, contaminação por veiculação hídrica, quando os reservatórios de água estão contaminados por cadáveres de animais.
III. Os animais acometidos apresentam sinais clínicos como paralisia muscular flácida progressiva, primeiramente nos membros posteriores, deixando os animais em decúbito esterno-abdominal.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • E) l, ll e lll

  • I) O fator pré disponente à ingestão da toxina é a carência de fósforo, a qual leva os animais a desenvolverem o hábito de roer e ingerir fragmentos de ossos e carcaças animais seja de bovinos ou outros animais de interesse pecuário ou mesmo animais silvestres. Quando isso ocorre, além da possibilidade do animal desenvolver o botulismo através da ingestão da toxina, também existe a possibilidade da ingestão de esporos do C. botulinum que desempenham importante papel na sua cadeia epidemiológica (LEMOS & BONILHA, 1998)

    II) BEM OBVIA

    III) Os sinais clínicos caracterizam-se por marcha vacilante, com tropeços, incoordenação e falta de flexão dos membros, principalmente dos anteriores. Observa-se dificuldade para levantar-se e posteriormente decúbito esterno-abdominal ou lateral permanente, com paralisia flácida, e manutenção das funções sensoriais. Uma evidência clara da paralisia flácida é a facilidade com que se pode abrir a boca do animal e retirar a língua que, em alguns casos, permanece prolapsada. Pode observar-se, também, as orelhas caídas, o apoio permanente da cabeça sobre o solo e a cauda flácida, que pode permanecer estendida, separada do corpo quando o animal está deitado. O curso clínico varia com a quantidade de toxina ingerida e a morte ocorre l a 4 dias após o animal estar em decúbito permanente. Não se observam lesões macroscópicas ou histológicas significativas (GEVEHR, 1995).