- ID
- 3541339
- Banca
- FGV
- Órgão
- Prefeitura de Paulínia - SP
- Ano
- 2016
- Provas
- Disciplina
- Não definido
Leia o fragmento a seguir.
“O grande mal do barroco é ter o mesmo defeito do estilo dos
romanos: ao passo que por uma nobre unidade estética, no estilo
grego ou no gótico, o elemento decorativo reside na parte
intrínseca da construção, o romano costumava de elevar os seus
monumentos para depois recobrir-lhes por completo a estrutura
como os brocatéis de abundante decoração. (...) O barroco
também procede assim, com a circunstância pejorativa de ser
nele a própria decoração que determina o estilo. Ora, na
arquitetura religiosa de Minas a orientação barroca - que é o
amor da linha curva, dos elementos contorcidos e inesperados -
passa da decoração para o próprio plano do edifício. Aí os
elementos decorativos não residem só na decoração posterior,
mas também no risco e na projeção das fachadas, no perfil das
colunas, na forma das naves. Com esse caráter assume a
proporção de um verdadeiro estilo, equiparando-se, sob o ponto
de vista histórico, ao egípcio, ao grego, ao gótico. E é para nós um
motivo de orgulho bem fundado que isso se tenha dado no
Brasil.”
(Mario de Andrade. A Arte religiosa no Brasil: crônicas publicadas na Revista do
Brasil em 1920. São Paulo, Experimento/Giordano, 1993, p. 79.)
A partir de 1920, com o modernismo, refletir sobre o barroco
passou a ser uma oportunidade para pensar a identidade cultural
e estética do Brasil, a “brasilidade”.
Com base no fragmento acima, assinale a opção que interpreta
corretamente a visão de Mario de Andrade sobre o barroco de
Minas.