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DEFICIÊNCIA DE VITAMINA K
A vitamina K atua como cofator na reação de gama-carboxilação dos resíduos de ácido glutâmico presentes no domínio GLA dos fatores pró-coagulantes II, VII, IX e X, e anticoagulantes, proteínas C e S. O processo de gama-carboxilação é fundamental para que essas proteínas sejam funcionalmente ativas. As principais fontes de vitamina K são a dieta e síntese da vitamina pela flora bacteriana do intestino. A vitamina K é absorvida principalmente no íleo e requer sais biliares. A deficiência de vitamina K pode ser devida à má-absorção de vitaminas lipossolúveis secundária a processo de icterícia obstrutiva ou doenças do intestino, tais como síndrome do intestino curto, doença de Crohn, retocolite ulcerativa e doença celíaca. Deficiências nutricionais isoladas raramente causam deficiência de vitamina K, a não ser que haja coexistência de má-absorção e/ou esterilização da flora intestinal. Essa situação pode ocorrer em pacientes graves, mantidos em unidades de terapia intensiva em uso de antibióticos de amplo espectro. A deficiência pode ainda ocorrer em pacientes em uso de nutrição parenteral sem suplementação com vitamina K. A correção da deficiência de vitamina K pode ser realizada com reposição oral ou parenteral (2-10 mg, subcutâneo ou endovenosa) em caso de má-absorção.
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O uso prolongado de antibióticos como tetraciclina, penicilina ou cloranfenicol, por via oral, pode interferir com a coagulação do sangue porque:
(A) esses antibióticos são inibidores do ciclo da vitamina K no fígado.
(B) a síntese de antitrombina é inibida, resultando em quadros de trombose.
(C) leva à perda da flora intestinal, responsável pela produção de parte da vitamina K necessária à gamacarboxilação dos fatores da cascata da coagulação.
(D) esses antibióticos são absorvidos no trato gastrointestinal e potenciam a ação anticoagulante da antitrombina.
(E) leva à depleção de cálcio, importante para a coagulação do sangue.
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Os valores de IRN OU INR , devem estar em torno de 2 a 3 , pois valores inferiores, 1, podem provocar alta coagulação
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Quando a RNI for < 3,5, não é necessário alterar a dosagem ou suspender o uso do anticoagulante, no caso de procedimentos cirúrgicos mais simples.
Quando a RNI for ≥ 3,5 e um procedimento cirúrgico mais complexo está sendo planejado, é imprescindível a troca de informações com o médico, para se avaliar o risco/benefício da alteração da terapia anticoagulante.
Em pacientes portadores de próteses valvares cardíacas ou outras condições de risco para a endocardite bacteriana, o emprego de uma única dose profilática de amoxicilina ou clindamicina não requer alterações na terapia anticoagulante.
Pacientes que requerem mais do que uma dose de antibiótico devem ter a RNI avaliada após 2-3 dias.
Se possível, evitar o uso do metronidazol e da eritromicina.
Fonte: ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia