O efeito Doppler é um fenômeno que todos nós já o conhecemos alguma vez na vida.
Imagine que você está parado numa calçada e surge um carro tocando uma música bem alta.
1 - Quando o carro se aproxima, você pode identificar a música e a tonalidade da música, seus graves e agudos e seu ritmo.
2 - Agora que ele está a seu lado, o som é tão alto e ensurdecedor que seus ouvidos parecem que vão estourar.
3 – Neste momento o carro está se afastando de você. Note que o ritmo da música parece descompassado, como se fosse ficando cada vez mais lento e cada vez mais baixo.
Essa mudança aparente na frequência é conhecida como deslocamento Doppler - causado pela velocidade relativa do carro em relação a quem o está escutando.
Quando um satélite passa por cima de nossas antenas, os sinais transmitidos e recebidos são afetados de modo semelhante. Com o satélite viajando a 27.000 km / h ou mais, um sinal a 436 MHz pode ser deslocado por até 10 kHz a partir da sua frequência real transmitida. Alguns satélites são projetados tendo isto em mente, e podem ter um AFC (Controle Automático de Frequência) ou em português simples: circuitos para compensar parcialmente o efeito Doppler. ISS
Neste caso, temos o satélite SO-50 que tem sua frequência de subida fixa, 145.850 mhz, graças a um AFC projetado no satélite.
O efeito Doppler é significativo apenas para os satélites de FM em 70 centímetros (UHF) ou mais bandas. Em 2 metros (VHF), o efeito Doppler varia em 3 kHz e geralmente pode ser acomodado por um receptor FM comum, sem perdas aparentes, desde que esteja na frequência correta. Para a operação SSB / CW, efeito Doppler é significativo em todos os satélites.
A quantidade de deslocamento de Doppler para um satélite em órbita baixa da terra é proporcional à frequência e é aproximadamente como segue:
15m +/- 400 Hz
10m +/- 600 Hz
2m +/- 3 kHz
70 centímetros +/- 10 kHz
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