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A Escola de Chicago, também chamada de teoria ecológica criminal ou da desorganização social, tem como expoentes Robert E. Park e Ernest Burgess, e atribui à sociedade e não ao indivíduo as causas do fenômeno criminal. Seus estudos basearam-se na observância de uma grande metrópole (método de observação participante), no caso, Chicago, e se constatou a influência do entorno urbano sobre a conduta do homem. As grandes cidades são divididas em várias zonas, para o trabalho, moradia, lazer, etc., sendo o nível de criminalidade variante entre elas. Por conta do crescimento desorganizado dos modernos núcleos urbanos, os grupos familiares passaram a ser deteriorados e as relações interpessoais tornaram-se superficiais (em grande parte causada pelo crescente número de imigrantes), o que acabou por enfraquecer o controle social do crime. Erneste Burgess, ao analisar o modelo de crescimento das cidades norte-americanas, criou ateoria das zonas concêntricas.
Abraços
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A) Os positivistas conclamavam a justiça a olhar para o crime como uma entidade jurídica, enquanto os clássicos encaravam o crime como fatos sociais e humanos. Errada
A alternativa inverteu os conceitos, vejamos:
Escola Clássica:
Entendia o crime como um conceito meramente jurídico, tendo como sustentáculo o direito natural. Para Francesco Carrara (um dos principais representantes da Escola Clássica), crime é "a infração da lei do Estado promulgada para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente imputável e politicamente danoso". Predominava a concepção do livre-arbítrio, isto é, o homem age segundo a sua própria vontade, tem a liberdade de escolha independentemente de motivos alheios (autodeterminação).
Escola Positiva:
Destacou-se o método experimental, no qual o crime e o criminoso deveriam ser estudados individualmente, inclusive com o auxílio de outras ciências. Ganhou relevo o determinismo, negando-se o livre-arbítrio, haja vista que a responsabilidade penal se fundamentava na responsabilidade social, no papel que cada ser humano desempenhava na coletividade.
Principais expoentes: Cesare Lombroso (fase antropológica), Enrico Ferri (fase sociológica) e Rafael Garofalo (fase jurídica).
Fonte: Cleber Masson
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Escola Positivista
Teve como precursor Augusto Comte, que representou a ascensão da burguesia emergente após a Revolução de 1789. Foi a fase em que as ciências fundamentais adquiriram posição de maior relevo, como a biologia e a sociologia. O crime começou a ser examinado sob o ângulo sociológico, e o criminoso passou também a ser estudado, se tornando o centro das investigações biopsicológicas. (Errada letra A e D)
Este movimento foi iniciado pelo médico Cesare Lombroso (1835-1909) com sua obra L’Uomo delinquent (1875). Na concepção deste médico existia a idéia de um criminoso nato, que seria aquele que já nascia com esta predisposição orgânica. Era um ser atávico, uma regressão ao homem primitivo.
Lombroso estudou o cadáver de diversos criminosos procurando encontrar elementos que os distinguissem dos homens normais. Após anos de pesquisa declarou que os criminosos já nasciam delinqüentes e que apresentam deformações e anomalias anatômicas. Ele listou uma série de características que, segundo defendia, eram próprias de criminosos.
Escola Clássica
Também chamada de Idealista, Filosófico-jurídica ou Crítico Forense, essa escola nasceu sob os ideais iluministas.
Para ela a pena é um mal imposto ao indivíduo merecedor de um castigo por motivo de uma falta considerada crime, cometida voluntária e conscientemente.A finalidade da pena é o restabelecimento da ordem externa na sociedade.
Esta doutrina possui princípios básicos e comuns, de linha filosófica, de cunho humanitário e liberal (defende os direitos individuais e o principio da reserva legal, sendo contra o absolutismo, a tortura e o processo inquisitório). Foi uma escola importantíssima para a evolução do Direito Penal na medida em que defendeu o individuo contra o arbítrio do Estado. (Errada letra E)
Labeling Approach Theory
A Teoria do Etiquetamento Social é uma teoria criminológica marcada pela ideia de que as noções de e são construídas socialmente a partir da definição legal e das ações de instâncias oficiais de controle social a respeito do comportamento de determinados indivíduos. Segundo esse entendimento, a criminalidade não é uma propriedade inerente a um sujeito, (Errada letra C) mas uma “etiqueta” atribuída a certos indivíduos que a sociedade entende como delinquentes. Em outras palavras, o é aquele rotulado como tal.
Gabarito: Letra B, fundamento no comentário do Lucio.
fonte: Jusbrasil; Leonardo Aguiar
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Gabarito: B
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Eu gostaria de entender o que o examinador pretendeu com "considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais." Devo concluir que então o crime não está ligado a áreas urbanas? No mínimo risível essa redação. A Escola de Chicago correlacionou a organização geográfica das cidades ao fenomeno criminal. O que tem de "ecológico" na teoria é porque os seus autores se apropriaram de alguns dos termos da ecologia por considerar a cidade um organismo vivo:
"Park apropria-se dos conceitos fundamentais da ecologia. Com efeito, para ele, a cidade representava um organismo vivo, que, à semelhança, cresce, invade determinadas áreas, as domina e expulsa outras formas de vida existentes. Isto ficou claro, por exemplo, nos estados do sul estadunidense, primeiro ocupados apenas por árvores, vegetação perene, pinheiros, estabilizando, finalmente, com carvalhos-nogueira. Este processo, que os ecologistas descrevem como “invasão, dominação e sucessão”, foi transplantado por ele para explicar similarmente a história das Américas e a invasão, dominação e sucessão no território dos nativos americanos". (VIANA, Eduardo. Criminologia).
Trata-se de uma metáfora.
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“(d) A escola clássica ficou marcada pelo método de fundo dedutivo que empregava na ciência do direito penal: o jurista deveria partir do concreto, ou seja, das questões jurídico-penais, para passar ao abstrato, ou seja, ao direito positivo.”
Alternativa (d). INCORRETA. A Escola Clássica, de fato, empregava o método dedutivo, de lógica abstrata, entretanto o jurista deveria partir primeiro do abstrato para depois passar ao concreto, justamente o contrário do que afirma a questão.
(e) Os clássicos adotavam princípios relativos e que não se sobrepunham às leis em vigor, evitando leis draconianas e excessivamente rigorosas, com penas desproporcionais.”
Alternativa (e). INCORRETA. Na verdade, os clássicos adotavam princípios absolutos, invocando ideais de justiça. Tais princípios se sobrepunham às leis em vigor. Isto porque no contexto em que tal Escola surgiu predominavam leis draconianas, excessivamente rigorosas, de penas desproporcionais, de tipos penais vagos, ou seja, era uma situação de violência, de opressão e de iniquidade.
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Explicação colhida no site: https://djus.com.br/
“(a) Os positivistas conclamavam a justiça a olhar para o crime como uma entidade jurídica, enquanto os clássicos encaravam o crime como fatos sociais e humanos.”
Alternativa (a). INCORRETA. É justamente o contrário do que diz a assertiva, ou seja, a Escola Clássica via o crime como “entidade jurídica”, já a Escola Positiva o encarava como fato social e humano.
A Escola positiva enxerga o crime como um fenômeno natural, fruto do causalismo. Dessa forma, nega o crime como fruto do livre-arbítrio para a prática do mal, como propunham os clássicos.
Já o pensamento criminológico dos “clássicos” ficou marcado pela teoria do chamado “criminoso nato”, ou seja, defendia-se que os criminosos já nasciam com uma espécie de disfunção patológica que os levariam à prática do crime. O criminoso é motivado a cometer o crime por um determinismo.
“(b) Na primeira metade do século passado, floresceu na Universidade de Chicago, a chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais.”
Alternativa (b). CORRETA. De fato, a Escola de Chicago, também conhecida como teoria ecológica criminal ou da desorganização social, através de Robert E. Park e Ernest Burgess, pregava ser da sociedade e não do indivíduo as causas do fenômeno criminal, ou seja, o crime era um fenômeno ligado a áreas naturais.
“(c) A labelling approach enxerga o comportamento criminoso como motivado por razões ontológicas ou intrínsecas, e não como decorrente do sistema de controle social.“
Alternativa (c). INCORRETA. A Labelling Approach defende justamente o inverso do que fora afirmado na assertiva. No século XX, nos EUA, apareceu uma nova corrente fenomenológica chamada de “Labelling Approach” (Teoria da Reação Social, do etiquetamento ou da rotulação). Veio com um novo enfoque sobre a formatação do delito, tendo maior ênfase o estudo do próprio sistema penal, atém mesmo com a análise de seu funcionamento desigual.
Para Alessandro Baratta “[…] o labelling approach tem se ocupado principalmente com as ações das instâncias oficiais de controle social, considerados na sua função constitutiva em face da criminalidade. O criminoso deixava de ser visto como um ser intrinsecamente bom ou mal, ou mesmo provido de fatores biopsicológicos que o formatavam como delinqüente, e passavam a ser um fruto de uma construção social (moldagem da realidade social), proveniente do contato que o agente desviante tem com as instâncias oficiais.”.
(BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do direito penal. Tradução de Juarez Cirino dos Santos. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002, p. 86. 4 Idem, p. 87).
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Parabéns aos colegas estudantes que comentam as questões com citações de fontes.
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Assertiva b
Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais.
Ainda que o termo “áreas naturais” possa ter sido mal formulado, tendo sido mais adequado “áreas urbanas”
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alguém poderia explicar o que quer dizer "crime um fenômeno ligado a áreas naturais."
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O termo "criminoso nato" foi criado por Ferri, que é um dos principais expoentes da Escola Positiva, e não da Escola Clássica.
A Escola Clássica menciona o livre arbitrio, a autodeterminação (poder de escolha), e não o determinismo.
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Esse "áreas naturais" me fez assinalar outra alternativa. Se alguém puder comentar a respeito, agradeço.
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Escola de Chicago. Principal expoentes:
1) William I. Thomas: conceitua desorganização social;
2) Park: cidade é organismo vivo. "Invasão, dominação, sucessão"
3) Burgues: organizou e sistematizou as ideias de Park. Criou a Teoria das Zonas Concêntricas.
4) Shaw e McKay: Correlação entre a localização da residência em cada uma daquelas áreas (da zona concêntrica) e os índices de criminalidade. Shaw criou o "Chicago Area Project" (ACP).
Fonte: Eduardo Viana.
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Eu também não concordo que a teoria ecológica entende o crime como ligado a "áreas naturais". Na verdade a teoria ecológica é marcada por ligar o crime à desorganização urbana, o que justamente se distancia da noção de "área natural". Se alguém conhecer algum autor que trabalhe a ideia que a questão trouxe, por favor acrescente aqui.
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Gente eu passei quase 1 hora pesquisando da onde poderia ter saído essa ''área natural'' pesquisei em diversas doutrinas e nenhuma delas encontrei algo parecido, acredito que esta questão é equivocada, pois o conceito da Escola de Chicago é totalmente ao contrário, seu estudo baseava-se na teoria ecológica ou teoria da desorganização social, ou seja, como o espaço urbano pode influenciar o desenvolvimento da criminalidade, conhecida como “Antropologia Urbana”. O surgimento dessa Escola reflete o período marcado por grande migração e formação das grandes metrópoles. Aqueles que se mudavam para esses grandes centros tinham um choque cultural ”. EssaTeoria prega que um dos principais fatores que levam ao aumento da criminalidade é a ausência de um Controle Social Informal decorrente do crescimento exponencial das grandes metrópoles. O marco mais importante da Escola de Chicago foi a desorganização social.
Eu entendo por ''área natural'' um lugar de conservação ou preservação, o que não seria o caso e induz a erro.
Obs: se eu estiver errada em algo, por gentileza me corrijam.
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Encuquei com o termo "áreas naturais", os espaços urbanos não seriam "áreas artificiais"?
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Voce que ficou em duvida entre a B e a D, continue assim, está no caminho certo. Estudo por 2 livros de criminologia, um de Shecaira e outro do Jose Cesar Naves, em nenhum há esse termo "area natural", de onde retiraram essa expressão?
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Pessoal, vocês estão lendo o que estão escrevendo?
Tem bastante palavrinhas desconhecidas ai emmm:
Apolíneo, Apologética etc
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O que eu entendi sobre a parte final da assertiva "considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais", No livro que eu estudo faz a seguinte referência sobre a Escola de Chicago: "Fazendo uma espécie de paralelo entre a distribuição das plantas da natureza e a organização humana nas sociedade, a principal tese da Escola de Chicago fazer referência diz respeito às zonas de delinquência, espaços geográficos com determinadas características que, em tese, não só explicariam o crime como também a sua própria distribuição nessas áreas. E isso parece bastante óbvio, eis que, naturalmente, aquele quadro social de heterogeneidade cultural coloca a cidade no centro das investigações sociológicas. Fonte: Eduardo Viana, Criminologia, Ed. Juspodivm, 6ª Edição, revista, atualizada em ampliada, 2018.
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Em alguns artigos sobre criminologia, é possível encontrar o termo "área natural" relacionado à escola de Chicago.
"Inicialmente, nas décadas de 20 e 30, a teoria ecológica, derivada dos estudos da Universidade de Chicago, dominou a criminologia americana. Partia do pressuposto do crime como fenômeno ligado a uma área natural."
Fonte: SMANIO, Gianpaolo Poggio. Segurança pública. Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Direito Administrativo e Constitucional. Vidal Serrano Nunes Jr., Maurício Zockun, Carolina Zancaner Zockun, André Luiz Freire (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em:
E também em: CALHAU, Lélio Braga. Resumo de Criminologia. 4ª ed, Rio de Janeiro, Impetus, 2009
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TEORIA ECOLÓGICA ( 1915) - Oriunda da Escola de Chicago, rompe as ciências biológicas, sendo a criminalidade produto da desordem social.
Nesse cenário, Ernest Burgess formulou a teoria das zonas concêntricas, estabelecendo um modelo de crescimento das cidades norte-americanas estruturado em círculos concêntricos, pelo qual as cidades tendem a se expandir a partir do seu centro, com a formação de zonas concêntricas.
DESISTIR NÃO É UMA OPÇÃO !!!
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Fiquei meio na dúvida nessa alternativa B por conta da expressão "áreas naturais".
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Alguém sabe indicar um autor que emprega o termo "área natural/áreas naturais" na teoria ecológica? Por favor, divida conosco.
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Em 04/11/20 às 17:22, você respondeu a opção D.
Você errou!Em 15/10/20 às 17:16, você respondeu a opção E.
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Escola de Chicago
Histórico: teve início na Universidade de Chicago em 1892, no 1º departamento de sociologia dos EUA.
Essa escola seguia as linhas:
a) Método científico: estudar a sociedade cientificamente.
b) Pragmatismo americano: o que importa é entender e prevenir a criminalidade americana em busca de resultados que a combatam.
c) Diagnóstico: através de inquéritos sociais (social surveys). Essa linha tinha a finalidade de promover estudos e levantamento de dados para poder chegar às conclusões (teorias).
No estudo da Escola de Chicago é importante o conhecimento da Teoria
Ecológica e da Desorganização Social,
Teoria ecológica (Park/ Burgess) A Ecologia humana seria a relação do ser humano com o meio. Os autores chegaram à conclusão de uma ideia de organização da cidade. Estas eram divididas em bairros, distritos, zonas (organização administrativa). Ou então que a sociedade era dividida em grupos sociais (organização natural). Após esses estudos eles chegaram na Teoria dos Círculos Concêntricos (Burgess). Assim, a relação de criminalidade estava ligada ao mapa criminal da cidade: quanto mais perto do centro, maior a criminalização. Esse conceito é relevante até os dias de hoje no estudo da criminalidade, através de mapas de incidência de crime.
Teoria da Desorganização social (Shaw e Mackay) Entenderam que as concentrações de delinquência poderiam ser classificadas por zonas específicas e com características específicas para uma constância de criminalidade: Baixo status econômico Alta mobilidade urbana (as pessoas mudavam muito) Grupos de minorias Assim, após analisar essas duas teorias, os estudiosos chegaram à conclusão que a causa da criminalidade seria resultado da diminuição do controle informal (controle que as pessoas fazem sobre as outras, através de grupos comunitários, família, igreja etc.). E, por consequência, a solução seria fortalecer esse controle, através da reorganização social.
Fonte: Materia Vou Ser Delegado do Professsor Lúcio Valente
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áreas naturais?
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Se você não assinalou a alternativa "B" é porque você está estudando.
Relaxa kkkkk
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Escola de Chicago ou Teoria da ecologia criminal: Defende que há uma relação direta entre o espaço urbano e a criminalidade. Como se daria essa relação? Com a revolução Francesa Industrial houve um crescimento dos centros urbanos e consequentemente um crescimento da criminalidade.
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comece a véspera de natal já errando a primeira questão do assunto que acabou de estudar..........
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áreas naturais??????
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mas que áreas naturais?
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TEORIA ECOLÓGICA ( 1915) - Oriunda da Escola de Chicago, rompe as ciências biológicas, sendo a criminalidade produto da desordem social.
Nesse cenário, Ernest Burgess formulou a teoria das zonas concêntricas, estabelecendo um modelo de crescimento das cidades norte-americanas estruturado em círculos concêntricos, pelo qual as cidades tendem a se expandir a partir do seu centro, com a formação de zonas concêntricas .
É UMA LONGA ESTRADA !!!
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B.)
Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais.
Ps: Quem usa o termo "áreas naturais" é o autor Lélio Braga Calhau.
É considerada uma teoria de consenso e tem como principais expoentes pioneira de Robert Park e Ernest Burguess.
Em sede de sociologia, a escola criminológica de Chicago encarou o crime como fenômeno ligado a uma área natural (Calhau,2009).
A Escola de Chicago coincide historicamente com o período das grandes migrações e da formação das grandes metrópoles, de modo que teve que se afrontar com o problema característico do ghetto. As sucessivas ondas de imigrantes arrumavam-se segundo critérios rigidamente étnicos, dando origem a comunidades tendencialmente estanques. (Calhau, 2009)
Diante disso, parecia natural que se optasse por um modelo ecológico - ou seja, de teorias macrossociológioas da criminalidade equilíbrio entre a comunidade humana e o ambiente natural - para o enquadramento dos fenômenos sociais.
Ernest Burgess desenvolveu a teoria das zonas concêntricas, que explorava a relação entre espaço urbano e a criminalidade. O modelo ecológico buscava um equilíbrio entre a comunidade humana e o ambiente natural, trabalhando com o método de observação participante. Entendeu, então, que a cidade se expande a partir de seu centro, estruturando-se em formas concêntricas. Assim, temos: comércio > residências pobres/crimes > residências um pouco melhores > residências de luxo > classes média e alta (“sucessão”, importante princípio ecológico).
Pra ficar mais fácil lembrar: Ecologia é uma palavra de origem grega. Nela, juntam-se as palavras "eco" ("oikos"), que pode significar casa e "logos" que quer dizer "saber", "estudar. A teoria das zonas concêntricas estuda justamente essa relação localização das casas x zonas com maior incidência de crimes.
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áreas naturais?...
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Pamela Barbosa, não acho que vc esteja errada. Não sou estudante de ponta, Direito nunca foi meu forte, mas dá pra se ver por esta e outras questões que o CESPE tem uma jurisprudência muito própria que visa talvez favorecimentos difíceis de serem rastreados.
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Alguém pode explicar essas "áreas naturais"? Não seriam áreas urbanas para a teoria ecológica?
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Pra ficar mais fácil lembrar: Ecologia é uma palavra de origem grega. Nela, juntam-se as palavras "eco" ("oikos"), que pode significar casa e "logos" que quer dizer "saber", "estudar.
(A gente acaba por associar ecologia à meio ambiente, no sentido de natureza só como fauna e flora né? Também errava por isso. Mas na verdade, ecologia também são espaços urbanos, afinal é onde temos "morada".)
Assim: Área natural = universo físico.
(lato sensu)
Agora acho que fica mais fácil entender:
Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais. (leia-se: espaço físico, haveriam zonas com índices maiores de criminalidade e outras com menos índices.)
Sumariva ( pág 32, criminologia teoria e prática, 2013): " A Escola de Chicago inicia um processo que abrange estudos em antropologia urbana, ou seja, tem no meio urbano seu foco de análise principal, constatando a influência do meio ambiente na conduta delituosa e apresenta um paralelo entre o crescimento populacional das cidades e o consequente aumento da criminalidade".
INFLUÊNCIA DO MEIO AMBIENTE:
> Proximidade dos grandes centros urbanos, onde tinha muita riqueza- "um chamariz".
Segundo a teoria, isso acontecia porque com o fluxo migratório para essas regiões prósperas, notadamente a Chicago dos anos 20, foi um tempo de prosperidade, na cidade, bem como nos Estados Unidos em geral. A indústria ainda prosperava, os habitantes da cidade gastavam seu dinheiro sem pensar. "Bons tempos" criados pela primeira guerra mundial que pareciam que iriam durar para sempre. A década de 1920 também foi marcada por altas taxas de criminalidade , com diversas gangues lutando entre si, pelo controle regional de drogas e álcool (então proibido no país).
O progresso leva a criminalidade aos grandes centros urbanos.
Para a teoria ecologica> Organização Social: leva a ordem social, a estabilidade e a integração contribuem para o controle social e a conformidade com as leis...
DESORGANIZAÇÃO SOCIAL> produz DESORDEM e a má integração> conduzem ao crime.
Quanto menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre o grupo, a comunidade, maiores são os índices de criminalidade.
Espero ter ajudado!
Vai dar certo!!!!!!!
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A) Os positivistas conclamavam a justiça a olhar para o crime como uma entidade jurídica, enquanto os clássicos encaravam o crime como fatos sociais e humanos.
ERRADA. Os Clássicos conclamavam o crime como entidade jurídica e os positivistas como fatos sociais e humanos.
B) Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais.
CORRETA. Escola de Chicago (Consenso): Crime ligado a áreas naturais (zonas). Crescimento desordenado da cidade (centro para periferia) agravando problemas sociais.
C) A labelling approach enxerga o comportamento criminoso como motivado por razões ontológicas ou intrínsecas, e não como decorrente do sistema de controle social.
ERRADA. Labelling approach ("etiquetamento") = escola do conflito/reação social. A sociedade define "conduta desviante" e rotula aqueles que assim de comportarem.
D) A escola clássica ficou marcada pelo método de fundo dedutivo que empregava na ciência do direito penal: o jurista deveria partir do concreto, ou seja, das questões jurídico-penais, para passar ao abstrato, ou seja, ao direito positivo.
ERRADA. Escola clássica tem fundo dedutivo devendo partir do abstrato para o concreto e, não, o oposto.
E) Os clássicos adotavam princípios relativos e que não se sobrepunham às leis em vigor, evitando leis draconianas e excessivamente rigorosas, com penas desproporcionais.
ERRADA. Clássicos adotavam princípios absolutos que se sobrepunham às leis em vigor, justamente por serem draconianas, ou seja, muito rigorosas.
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área natural? alguém sabe o expoente desse conceito?
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"Área natural" é o oposto do ponto de partida da Escola de Chicago, que se debruçou sobre o desenvolvimento da criminalidade nas "áreas urbanas".
Se a banca pretende modificar a semântica, que forneça elementos plausíveis no corpo do texto.
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Escola de Chicago ou Ecologia Criminal - defendia que o meio ambiente influenciava a conduta criminosa; que o crescimento da população nas cidades representava o crescimento na criminalidade; "desorganização social"; "áreas de delinquência"; a cidade era responsável por produzir a criminalidade; crime como fenômeno ligado a áreas naturais.
Segundo esta teoria, os grupos diferenciados ocupam as parcelas do espaço - numa ordem de importância étnica, social e económica - em processo conflituoso, de acordo com a capacidade que uns têm para se sobrepor aos demais, levando tal circunstância ao domínio de uns sobre outros ou, em alternativa, à assimilação progressiva dos mais fracos pelos mais fortes. É nesta perspectiva que se emprega a expressão áreas naturais para designar os espaços homogêneos não planificados cuja ocupação natural e seletiva deriva da diferença entre os grupos sociais.
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Quem acertou essa questão, é porque errou.
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DICA: Recurso Mnemônico
Teorias do Consenso: Chicago, Anomia, Subcultura e Associação;
Teorias do Conflito: Crítica e Interacionismo Simbólico ou Etiquetamento.
É CONSENSO que todo mundo quer CASA. O CONFLITO é que estamos em CRISE.
Ideias principais:
CONSENSO
Escola de Chicago - Robert Park, Ernest Burgess, Clifford Shaw, Henry McKay (1920-1930) --> Desorganização social das grandes cidades Controle social informal enfraquecido;
Anomia - Émile Durkheim (fim séc. XIX) Robert Merton (1938) --> Crime é normal e útil, a não ser quando ultrapassados certos limites Descompasso entre meios e objetivos;
Associação Diferencial - Edwin Sutherland (1940) --> Crime é aprendizado/Crime do colarinho branco;
Subcultura Delinquente - Albert Cohen (1955) --> Gangues são subculturas delinquentes, não utilitarismo da ação, malícia, versatilidade, negativismo, hedonismo de curto prazo e autonomia de grupo;
CONFLITO
Labelling Approach - Desenvolvida sobretudo nos EUA a partir da década de 1960 --> Também chamada de teoria da rotulação; teoria do etiquetamento; teoria da reação social; teoria interacionista; interacionismo simbólico. Deixa-se de questionar por que um indivíduo comete crimes, e passa-se a indagar a razão de certa conduta ser etiquetada com o rótulo de desviada. Há abandono do paradigma etiológico.
Criminologia Crítica - Não se trata mais de descobrir as razões da delinquência ou de lutar contra o crime, mas sim de abolir as desigualdades sociais para equacionar o fenômeno delitivo. O Direito Penal e a própria Criminologia, como vinha sendo desenvolvida tradicionalmente, passam a ser objetos de estudo.
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Alguém sabe dizer o que tem de errado na alternativa A?
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Pra gravar: Chicago é uma cidade, ou seja, uma área, uma zona geográfica. Considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais.
Desorganização social e crescimento desordenado da cidade: lembrar que Chicago é uma cidade grande, portanto, o próprio caos.
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Eu entendi por áreas naturais Como algo comum natural corriqueiro que os grandes centros urbanos acabam desencadeando,ñ como áreas de mata preservadas
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A Cespe é uma banca covarde e sem sentido. Incrível como concursos tão relevantes seguem com ela após tantas bolas fora.
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A ESCOLA DE CHICAGO SE DESENVOLVEU COM A CRESCENTE INDUSTRIALIZAÇÃO DO SEC.XX, O QUE PROVOCOU NÃO SÓ NA CIDADE DE CHICAGO, MAS EM DIVERSAS CIDADES DO MUNDO, UM GRANDE CONTRASTE DE ETNIAS, CULTURAS, RELIGIÕES, REGIÕES MARCADAS PEO CONFLITO E PELA DESRDEM, POR ISSO A ESCOLA DE CHICAGO É MARCADA PELA SOCOLOGIA DA CIDADE OU ECOLOGIA SOCIAL DA CIDADE.
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ESTOU TENTANDO ENTENDER AQUI COMO O MEIO HUSBANO SE TORNOU NATURAL
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GABARITO - B
Teorias do Consenso, também conhecidas como teorias funcionalistas ou da integração, têm como expoente Émile Durkheim. Afirmam que a finalidade da sociedade é atingida quando há um funcionamento perfeito de suas instituições e os cidadãos compartilham objetivos sociais comuns, aceitando as regras de convívio.
Integram o rol de teorias do consenso:
• Escola de Chicago;
• Teoria da Associação Diferencial.
• Teoria da Anomia;
• Teoria da Subcultura Delinquente
Nesse destoar, a escola de Chicago considerada o berço da moderna sociologia americana, floresceu nas décadas de 20 e 30 do século XX no Departamento de sociologia da universidade de Chicago. A Escola de Chicago desenvolve estudos antropológicos urbanos centrados na influência que meio ambiente exerce sobre a ocorrência do fenômeno criminal, estabelecendo uma relação entre crescimento populacional das cidades e o consequente aumento da criminalidade.
Portanto, a ideia central da Escola de Chicago é a de que a cidade produz a delinquência. O delito não é distribuído de maneira aleatória por todos os lugares, mas concentra-se em determinados bairros e a explicação para a concentração de crimes em determinados locais não pode ser atribuída ao fato das pessoas que vivem ali serem particularmente delinquentes, mas sim por que às características destas zonas urbanas ou à existência de maiores oportunidades.
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Em uma perspectiva da Ecologia Urbana, áreas naturais são espaços homogéneos, não planificados, cuja ocupação natural e seletiva deriva da diferença entre os grupos sociais. Ademais, são formadas sem planejamento urbanístico, além disso, são marcadas por uma intensa desorganização social e urbana, onde os níveis de violência são acentuados e seus moradores, via de regra, pertencentes aos estratos sociais menos favorecidos da população.
Fonte : https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/46835
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[..] Tomando por base o aspecto social e interacionista , a Escola de Chicago encerra o fenômeno do crime com base na ecologia , ou seja, analisa a arquitetura da cidade como formadora do comportamento do delinquente.
[...] A distribuição ecológica do crime tinha como objetivo inicial , observar os locais urbanos onde nascia a criminalidade ao longo do anos, de modo a verificar se existiram as chamadas áreas criminais (guetos) .
GONZAGA Christiano. Manual de Criminologia. 2ª ed. p.60
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A) Os positivistas conclamavam a justiça a olhar para o crime como uma entidade jurídica, enquanto os clássicos encaravam o crime como fatos sociais e humanos.
ERRADA. Os Clássicos conclamavam o crime como entidade jurídica e os positivistas como fatos sociais e humanos.
B) Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais.
CORRETA. Escola de Chicago (Consenso): Crime ligado a áreas naturais (zonas). Crescimento desordenado da cidade (centro para periferia) agravando problemas sociais.
C) A labelling approach enxerga o comportamento criminoso como motivado por razões ontológicas ou intrínsecas, e não como decorrente do sistema de controle social.
ERRADA. Labelling approach ("etiquetamento") = escola do conflito/reação social. A sociedade define "conduta desviante" e rotula aqueles que assim de comportarem.
D) A escola clássica ficou marcada pelo método de fundo dedutivo que empregava na ciência do direito penal: o jurista deveria partir do concreto, ou seja, das questões jurídico-penais, para passar ao abstrato, ou seja, ao direito positivo.
ERRADA. Escola clássica tem fundo dedutivo devendo partir do abstrato para o concreto e, não, o oposto.
E) Os clássicos adotavam princípios relativos e que não se sobrepunham às leis em vigor, evitando leis draconianas e excessivamente rigorosas, com penas desproporcionais.
ERRADA. Clássicos adotavam princípios absolutos que se sobrepunham às leis em vigor, justamente por serem draconianas, ou seja, muito rigorosas.
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Pesquisando sobre essa "área natural" da resposta percebo que é um conceito usado na ideia original que perde um pouco o sentido após a tradução literal para português, já que natural é mais associado a natureza. Mas de fato está correto. Da Wiki:
"The Chicago school is best known for its urban sociology and for the development of the approach, notably through the work of . It has focused on human behavior as shaped by social structures and physical environmental factors, rather than genetic and personal characteristics. and had accepted the as demonstrating that animals adapt to their environments. As applied to humans who are considered responsible for their own destinies, members of the school believed that the natural environment, which the inhabits, is a major factor in shaping human behavior, and that the city functions as a microcosm: "In these great cities, where all the passions, all the energies of mankind are released, we are in a position to investigate the process of , as it were, under a microscope."
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Segundo esta teoria, os grupos diferenciados ocupam as parcelas do espaço - numa ordem de importância étnica, social e económica - em processo conflituoso, de acordo com a capacidade que uns têm para se sobrepor aos demais, levando tal circunstância ao domínio de uns sobre outros ou, em alternativa, à assimilação progressiva dos mais fracos pelos mais fortes. É nesta perspectiva que se emprega a expressão áreas naturais para designar os espaços homogéneos não planificados cuja ocupação natural e seletiva deriva da diferença entre os grupos sociais; essa diferença tende a ser minimizada com o tempo: assim, aqueles que, por efeito das migrações, se situam num espaço marginal e de segregação, à medida que se vão integrando na comunidade, tenderão a ocupar espaços mais nobres na cidade.
Fonte: https://www.infopedia.pt/$ecologia-urbana
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Cidade agora é área natural. OK.