GABARITO: LETRA A
“Na esteira do Camões épico e das epopeias menores dos fins do século XVI, o poemeto em oitavas heroicas Prosopopeia (...) pode ser
considerado um primeiro e canhestro exemplo de maneirismo nas letras da colônia”
(BOSI, 2006, p.36). O termo maneirismo, para Bosi, se refere ao estilo à maneira de um autor consagrado, mas também, dentro de um cenário de pré-barroco, ilustração de uma tendência literária própria do Renascimento tardio. Sobre a obra de Teixeira, propriamente, Bosi diz:
A intenção é encomiástica e o objeto do louvor Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, que encetava a sua carreira de prosperidade graças à cana-de-açúcar. A imitação de Os Lusíadas é assídua, desde a estrutura até o uso dos chavões da mitologia e dos torneios sintáticos. O que há de não-português (mas não diria: de brasileiro) no poemeto, como a “Descrição do Recife de Pernambuco”, “Olinda Celebrada” e o canto dos feitos de Albuquerque Coelho, entra a título de louvação da terra enquanto colônia, parecendo precoce a atribuição de um sentimento nativista a qualquer dos passos citados. (BOSI, 2006, p.36).
FONTE: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 43 ed. São Paulo: Cultrix,2006.