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ID
3726877
Banca
FAUEL
Órgão
Prefeitura de Honório Serpa - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O suicídio é um fenômeno humano complexo, universal e representa um grande problema de saúde pública em todo o mundo. Suicídio (do latim sui, “próprio”, e caedere, “matar”) é o ato intencional de matar a si mesmo. Pensar em Suicídio é se entregar a uma busca incansável dos porquês. É refletir sobre quais sentimentos, faltas, lacunas ou mistérios rondavam aquela existência. Assinale a alternativa CORRETA em relação às condutas frente ao paciente em risco de suicídio.

Alternativas
Comentários
  • B) Iniciar a comunicação diretamente com o paciente, preferencialmente garantindo a privacidade do contato e encorajando a expressão de problemas e sentimentos vivenciados, tentando estabelecer uma relação de confiança e deixando claro que você está ali para ajudar o paciente.

  • RECOMENDAÇÕES:

    O primeiro contato com o paciente suicida é de extrema importância. É a partir dele que se estabelece o vínculo que influencia muito no manejo.

    O local da anamnese deve ser calmo e seguro, onde haja privacidade. Além disso, deve-se retirar do ambiente qualquer objeto potencialmente perigoso.

    É importante reservar tempo e ouvir o paciente atentamente, mostrando empatia e respeito por seus valores, sem fazer julgamentos.

    Deve-se evitar mostrar espanto ou muita emoção diante do relato do paciente, interrompê-lo com frequência, mostrar-se ansioso e fazer o problema explicitado parecer trivial

    Ao contrário do que se imagina popularmente, falar com o paciente sobre suicídio não o incentiva a se matar, tendo inclusive efeito protetor: o mesmo sente-se mais seguro e confortável por poder conversar sobre assuntos que lhe causam incômodo.

    Ao contrário da crença popular, de que pacientes que desejam cometer suicídio não comunicam sua intenção, 80% das pessoas com ideação suicida avisam de sua decisão, 50% informam claramente e 40% procuram cuidado médico na semana anterior a do suicídio.

    A abordagem deve ser feita inicialmente com perguntas amplas. Perguntas como “tem enfrentado muitos problemas recentemente?” e “como tem se sentido ultimamente?” dão abertura para que o paciente possa falar mais abertamente sobre os seus sentimentos e sua visão do mundo.

    Fonte: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882736/manejo-em-emergencia-do-paciente-suicida.pdf

    Sobre a assertiva A: Procurei outras referências, como: Caderno 34 do MS e a Portaria nº 1.876, de 14 de agosto de 2006 ( Diretrizes de prevenção do suicídio), para ver se há alguma recomendação de tempo, mas não vi nada. Acredito que o erro está no fato de estipular um tempo relativamente curto para "tentar" reverter o risco de suicídio, e pelo fato de trocar de profissional (pois o vínculo é primordial nessa abordagem terapêutica), não sendo recomendado inserir várias pessoas na conversa, haja vista que o paciente terá que repetir as coisas, se expor... enfim, é apenas a minha opinião, sem embasamento científico.

    Não entendi qual o erro da letra C. Caso alguém tenha propriedade, complemente.

  • Complementando a letra C

    Em caso de presença de objetos ou condições que promovam risco de heteroagressão ou autoagressão, informar o médico regulador para que solicite apoio de equipes especializadas e/ou autoridades policiais. Exemplos:

    Objetos: armas de fogo, armas brancas, vidros quebrados, etc.;

    Condições: altura (risco de queda), tráfego intenso (risco de atropelamento), água (risco de afogamento), refém, etc

    Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.