Questão 3735949

• Banca: IBADE
• Órgão: Prefeitura de Seringueiras - RO
• Ano: 2019
• Provas: IBADE - 2019 - Prefeitura de Seringueiras - RO - Assistente Social
• Disciplina: Serviço Social
• Assuntos: Trabalho e Serviço Social; Trabalho e Serviço Social: perfil, demanda, prática e competências profissionais

Segundo Iamamoto (2009, p.10) “A literatura recente sobre os fundamentos do trabalho profissional vem enfatizando a natureza qualitativa dessa atividade profissional, enquanto ação orientada a um fim como resposta às necessidades sociais, materiais ou espirituais (condensadas nas múltiplas expressões da questão social) de segmentos sociais das classes subalternas na singularidade de suas vidas: indivíduos e suas famílias, grupos com recortes específicos. Parece haver consenso de que se trata de uma atividade inscrita predominantemente no terreno político e ideológico, com refrações nas condições materiais de existência dos sujeitos via serviços, programas e projetos implementados pelas políticas públicas...”.

Para a autora, é necessário, por um lado, romper com algumas leituras da realidade e, por outro, assegurar determinado elemento para que a luta seja realmente democrática.

Marque a alternativa abaixo que expresse, respectivamente, esta leitura a ser evitada e este elemento para a democracia:

• A. eliminação de todo o desperdício de esforço humano.
• B. fatalismo e messianismo.
• C. empreendimento coletivo e fatalismo.
• D. fatalismo e empreendimento coletivo.
• E. voluntarismo e pragmatismo.

Gabarito: B

Comentários

• Porque o messianismo é na questão, "elemento para a democracia"??

• Assim, um desafio é romper as unilateralidades presentes nas leituras do trabalho do assistente social com vieses ora fatalistas, ora messiânicos, tal como se constata no cotidiano profissional (IAMAMOTO, 1992). As primeiras superestimam a força e a lógica do comando do capital no processo de (re) produção, submergindo a possibilidade dos sujeitos de atribuírem direção às suas atividades. Com sinal trocado, no viés voluntarista, a tendência é silenciar ou subestimar os determinantes histórico-estruturais objetivos que atravessam o exercício de uma profissão, deslocando a ênfase para a vontade política do coletivo profissional, que passa a ser superestimada, correndo-se o risco de diluir a profissionalização na militância stricto sensu.

  O outro desafio é participar de um empreendimento coletivo, que permita, de fato, trazer, para o centro do debate, o exercício e/ou trabalho cotidiano do assistente social, como uma questão central da agenda da pesquisa e da produção acadêmica dessa área.

  Fonte: http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/iamamoto-201804131241048556780.pdf

  Segundo o artigo, a autora enfatiza os conceitos de fatalismo e empreendimento coletivo, o que demonstra como correta a alternativa D.