O principal marcador bioquímico que tem sido empregado rotineiramente para a avaliação diagnóstica e evolução clínica do alcoolismo é a enzima gama-glutamil-transpeptidase (GGT).(7)
A GGT é uma enzima de natureza glicoproteica regularmente encontrada fixada à membrana celular e participa no transporte de aminoácidos e peptídeos para as células, na síntese proteica e na regulação dos níveis de glutationa tecidual.(10) Esta pode apresentar-se aumentada isoladamente em casos de hepatite alcoólica, provavelmente pelo aumento da degeneração enzimática do etanol. Em exames clínicos de pacientes alcoolistas, pode haver um aumento pronunciado de GGT mesmo quando não há lesão hepática evidente.(11)
No parênquima hepático, a GGT está presente em grande quantidade no retículo endoplasmático liso e é suscetível a aumento da atividade enzimática induzida por drogas. Nestes casos, as elevações podem atingir níveis quatro vezes maiores dos limites superiores aos valores de referência. A dosagem de GGT é útil para acompanhar os efeitos da abstinência alcoólica. Nesses casos, os níveis enzimáticos retornam aos valores de referência em duas ou três semanas, podendo se elevar novamente caso o uso do etanol seja retomado.(12)
fonte: http://www.rbac.org.br/artigos/avaliacao-da-atividade-de-enzimas-hepaticas-em-dependentes-ex-dependentes-e-nao-usuarios-do-etanol-48n-3/