GAB.= letra C
A cura do concreto é um procedimento que visa retardar a evaporação da água empregada na preparação da mistura, permitindo assim a completa hidratação do cimento. Executada durante as primeiras etapas de endurecimento.
“Pisos e lajes requerem muito cuidado com a cura. Em fundo de vigas e faces de pilares a atenção é menor, pois são peças protegidas pelas fôrmas. Em estruturas de grande volume e pouca área, a cura se torna importante por razões térmicas e não de resistência ou durabilidade”
TÉCNICAS DE CURA
· Cura com molhagem constante = permanentemente em contato com a água.
O método é indicado para pisos e lajes
O tempo de cura da técnica varia em função da resistência à compressão, ou seja, até que a peça atinja, pelo menos, 15 MPa.
No caso de pisos industriais: o concreto tem que curar durante 21 dias.
· Cura via aspersão, irrigação ou alagamento = sistemas de ar-comprimido são responsáveis por manter uma névoa próxima à peça de concreto.
Recomendada para execução de pisos ou lajes.
Os procedimentos de irrigação são pouco recomendáveis e muito perigosos porque o operário não consegue molhar tudo de uma só vez e acaba criando ciclos de molhagem e secagem, que são desfavoráveis ao concreto.
· Cura química = é a aplicação de produto, por aspersão, na superfície do concreto.
A alternativa é indicada para qualquer situação, já que apresenta como vantagem principal a facilidade de aplicação.
Todavia, traz o inconveniente de dificultar ou prejudicar a aderência de revestimentos, chapiscos, contrapisos, pinturas e argamassas colantes.
· Cura a vapor = ocorre com aplicação de UR em 100% e temperatura controlada que fique acima da ambiente – até o máximo de 70º C.
A técnica é bastante comum em ambientes frios, como no sul do país, ou quando há muita pressa para realizar a desforma.
O procedimento usa o princípio da maturidade para alcançar altas resistências a baixas idades. Por isso, não é aconselhável quando se deseja resistência elevada à abrasão ou durabilidade da superfície.
· Cura térmica = empregada em peças pré-moldadas.
O procedimento demora horas e também não deve ser realizado se o produto final precisar de resistência elevada à abrasão ou alta durabilidade de sua superfície.
· Cura com agentes internos = uso de aditivos.
A eficiência é relativa, pois as faces expostas a ambientes muito secos e com vento podem ser prejudicadas na abrasão e na durabilidade, apesar de o restante da massa estar bem curada e ter alta resistência e durabilidade.
Marcelo Barbosa Rodrigues, consta em norma sim, NBR 14931 Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Item 10.1:
"Os agentes deletérios mais comuns ao concreto em seu início de vida são: mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura.
O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio de tratamento térmico ou pelo uso de aditivos que não contenham cloreto de cálcio em sua composição e devidamente controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem.
Elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam resistência característica à compressão (fck), de acordo com a ABNT NBR 12655, igual ou maior que 15 MPa."