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Uma notícia sobre um fim de semana nublado causa vítima onde?
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Estélio, a questão diz: "informações que eram mantidas em segredo", logo, subentende-se que o examinador fala de informações mais sérias que a simples previsão do tempo. Pense comigo, uma pessoa X ajuda a polícia nas investigações de um crime e por ser um alvo fácil entra para o quadro de proteção às testemunhas, assim recebendo novo nome, endereço, etc. imagina se um jornal descobre isso e divulga? O que seria da vida dessa pessoa?
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O advogado concurseiro tem razão, mas também entendo o Estélio Neto. A questão acaba virando uma pegadinha. O problema é o jeito como a frase foi construída, com o uso dos dois pontos, o que dá a entender que a segunda parte explica a primeira, mas na verdade ela a complementa.
Se a frase fosse escrita assim "as notícias sempre causam vítimas para as pessoas que perdem com a divulgação da informação que era guardada como segredo, mesmo que suas atitudes tenham sido condenáveis", não haveria problema algum e quase ninguem erraria a questão.
Do jeito que está redigido não tem jeito, só conhecendo mesmo a narrativa de Bucci (2000).
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Concordo com os colegas Vinícius e Estélio. Resolvendo a questão, eu achei estranha essa afirmação tão generalista. Até, pq, em se tratando de concursos, é preciso ter muito cuidado com ternos totalizantes, como "sempre", "nunca", "todo" "nenhum", etc... Porém, essa assertiva é transcrição literal do texto de Bucci.
"Seu objeto primordial não é difundir aquilo que governos, igrejas, grupos económicos ou políticos desejam contar ao público, embora também se sirva disso, mas aquilo que o cidadão quer, precisa e tem o direito de saber, o que não necessariamente coincide com o que os outros querem contar. Logo, a notícia sempre tem uma vítima, e a primeira vítima (não a única) é aquele que perde com a divulgação de uma informação que era guardada em segredo."(BUCCI, p. 23)