Os jumbos permitem que consultores de computação coreanos visitem o Vale do Silício
como se batessem na porta ao lado, e que empresários de Cingapura cheguem a Seattle
em um dia. As fronteiras do maior oceano do mundo estão ligadas como nunca. E o Boeing
une essas pessoas. Mas o que dizer daqueles povos sobre os quais eles voam, em suas
ilhas situadas oito quilômetros abaixo? De que maneira o poderoso 747 traz para eles uma
maior comunhão com aqueles cujas praias são lavadas pela mesma água? É claro que não
traz. O transporte aéreo pode permitir que os homens de negócio atravessem velozmente o
oceano, mas o declínio concomitante do transporte marítimo só aumenta o isolamento de
muitas comunidades insulares... Pitcairn, como muitas outras ilhas do Pacífico, nunca se
sentiu tão distante de seus vizinhos.
BIRKETT (1990) apud MASSEY, Doreen. Um sentido global do lugar. Papirus, 2000.
As considerações da autora sobre os avanços tecnológicos nos meios de transportes
evidenciam que a atual fase da globalização é caracterizada pela: