Embora o processo reprodutivo de gerar cópias
vivas possa parecer o traço mais fundamental da
vida, ele é, na verdade, secundário. A reprodução
baseia-se na autopoiese. A reprodução ou
produção de outros que sejam semelhantes a
nós mesmos é, do ponto de vista conceitual, um
derivado de nossa conservação tal como somos.
Diversamente dos objetos inertes, os seres vivos
ficam expostos a fluxos materiais e energéticos
contínuos. A capacidade de mudar para
permanecer idêntico, de empregar o fluxo de
energia para acionar a rotatividade cíclica da
matéria, necessária à manutenção de um eu,
constitui o truque bioquímico básico da
autopoiese. (MARGULIS; SAGAN, 2002, p.14)
Com base no texto e nos conceitos associados à autopoiese
presente nos sistemas vivos, é possível afirmar: