I.
Ao longo dos séculos, o país viveu ciclos
extrativistas de caráter predatório. Esvaíram-se
fortunas incalculáveis em pau-brasil, ouro, pedras
preciosas, cana-de-açúcar, café e borracha.
É por isso que o momento exige um nacionalismo
diferenciado. As reservas do pré-sal devem ser
mantidas nas mãos de brasileiros. “O Estado
precisa ter o controle do petróleo para fazer
políticas sociais. Se o governo não fizer, quem vai
fazer? A Shell, a Texaco, a Chevron?”, questiona o
professor Luiz Pinguelli Rosa, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As
oportunidades despertaram o interesse de todo
o mundo. É evidente que o país precisa manter o
relacionamento com o mercado internacional e
fazer esforços para atrair o capital estrangeiro.
Mas é importante também, neste caso, que o
Estado brasileiro não abra mão de exercer o
controle sobre suas riquezas. (COSTA; NICACIO,
2009, p. 38).
II.
Ao propor um novo modelo para explorar petróleo
numa camada mais profunda do subsolo
oceânico, conhecida como pré-sal, o governo
brasileiro retirou o país da companhia de
democracias desenvolvidas, como Noruega e
Canadá, e encaixou-o num grupo bem menos
atraente, ao lado do Irã e Líbia. Nos
países desenvolvidos, o modelo adotado é a
concessão — o governo cede às empresas o
direito de exploração e recebe por isso. Nos países
menos desenvolvidos, o modelo é a partilha.
(CORONATO, 2009, p. 46).
A análise dos textos, associada aos conhecimentos sobre a exploração dos recursos naturais, no Brasil, permite afirmar: