a) O intervalo de referência para a glicemia de jejum é geralmente entre 70 a 100mg/dL. As duas anormalidades básicas que podem ocorrer com o nível sérico de glicose são a hiperglicemia, quase sempre associada ao diabetes melito e a hipoglicemia, em decorrência de causas iatrogênicas (overdose de insulina no paciente diabético) ou de outras causas subjacentes (p. ex., hipoglicemia reacional decorrente da “hipersensibilidade” à insulina, insulinoma etc.).
b) Para diagnosticar hiperglicemia é vital determinar se o paciente apresenta: glicemia de jejum superior ou igual a 126 mg/dL, ou glicemia superior ou igual a 200mg/dL e sintomas clássicos de diabetes, ou glicemia superior ou igual a 200mg/dL, duas horas após carga durante um teste oral de tolerância à glicose. Qualquer um dos achados acima é diagnóstico, se puder ser confirmado com a repetição do exame no dia posterior.
c) Glicemias elevadas também causam glicosilação da hemoglobina. O nível de hemoglobina glicosilada muda lentamente ao longo do tempo e, por essa razão, constitui um indicador estável e confiável da glicemia em um período de 2 a 3 meses.
d) No teste de tolerância à glicose, são acompanhados os níveis de glicose no sangue e na urina de um paciente após administração de uma quantidade bem definida de glicose, via oral, depois de jejum noturno de 12 horas. Normalmente, a glicemia aumenta e, em seguida, cai em aproximadamente duas horas. Entretanto, quando a glicemia permanece elevada, o diagnóstico de diabetes melito pode ser feito. Quando houver suspeita de hipoglicemia, é aconselhável submeter o paciente a um teste de tolerância à glicose de 5 horas, porque o “declive” hipoglicêmico é comumente observado somente após 3 horas. CORRETO!