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ID
3866965
Banca
FUNDATEC
Órgão
Prefeitura de Santo Augusto - RS
Ano
2020
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Para Raffestin (1993), é metafórico considerar a língua um instrumento de dominação, EXCETO porque:

Alternativas
Comentários
  • Para Raffestin (1993), é metafórico considerar a língua um instrumento de dominação, EXCETO porque:

    É comum encontrar em muitos autores que á língua é um instrumento, mas "é por demais metafórico definir a língua como instrumento. Primeiro, [...] porque ela tem muito mais utilizações do que em geral tem um instrumento". Assim que se fala de instrumento, fala-se também de função. As funções da linguagem são múltiplas e diversas: funções de comunicação, de organização do real e de transmissão. Na qualidade de instrumento (admitamos esse termo mesmo que não seja tão satisfatório), a língua pertence à cultura (aqui em seu sentido antropológico) e pode ser definida como "o conjunto de toda a informação não hereditária e dos meios para sua organização e sua conservação". No sentido semiótico geral, a cultura é uma "língua". Uma língua natural pertence à cultura e é um instrumento que preenche funções. Como tal, a língua é um recurso, um trunfo, e por consequência está no centro de relações que são, ipso fado, marcadas pelo poder. Se a língua é um trunfo, do mesmo modo que um outro recurso qualquer, é preciso analisá-la nessa perspectiva.

    Fonte: Raffestin, Claude. POR UMA GEOGRAFIA DO PODER