“O ser senhor de engenho é título a que
muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido,
obedecido e respeitado de muitos. E se for, qual
deve ser, homem de cabedal e governo, bem se
pode estimar no Brasil o ser senhor de engenho
quanto se estimam os títulos entre os fidalgos do
Reino.”
DEL PRIORI, Mary. Revisão do Paraíso: os brasileiros e o
estado em 500 anos de História. Rio de Janeiro: Campus,
2000. p. 17-27.
Observe as seguintes afirmações acerca desse
personagem da história brasileira:
I. Misto de honraria riqueza e prestígio, a
imagem do senhor de engenho correspondia
exatamente à pomposa definição realizada no
excerto acima. A abundância no modo de vida
era a norma geral.
II. O senhor de engenho figurava no ápice da
hierarquia social e controlava, em muitos
casos, grande extensão de terras e grande
número de escravos, bem como era a
representação da erudição naquela sociedade.
III. Via de regra, vivia o senhor de engenho e
seus agregados uma vida difícil:
alimentavam-se muito mal, as enchentes e as
secas dificultavam o suprimento de víveres
frescos; a sífilis marcava-lhes o corpo; eram
ainda constantemente ameaçados pelos
nativos.
Está correto o que se afirma apenas em