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ID
3894511
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A crise levaria o último governo da ditadura, chefiado pelo general João Figueiredo (1979-85), a tomar medidas drásticas. O objetivo inicial era deter a depreciação da moeda nacional, incentivar as exportações e fazer frente ao aumento do deficit em conta corrente. Assim, a moeda foi desvalorizada em 30% no final de 1979. A medida acentuou a desaceleração econômica, o descontrole inflacionário e o desarranjo nas contas públicas. Em 1980, a inflação batia a simbólica marca de 100% ao ano e em 1981 o país entrava em uma recessão.

(Adaptado de Gilberto Marangoni, Anos 1980, década perdida ou ganha? Revista Desafios do Desenvolvimento, São Paulo, Ano 9, Edição 72, 2012.)

A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre a Nova República no Brasil, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Deu-se o nome de “década perdida” ao decênio iniciado em 1980, cobrindo os governos presidenciais de João Figueiredo e José Sarney. A denominação destaca a crise econômico-financeira e a hiperinflação que afligiram o País, levando ao descontrole das contas públicas e ao enfraquecimento do regime autoritário vigente desde 1964. Esse quadro levou a uma progressiva abertura política, com a eclosão de movimentos da sociedade civil (“Diretas Já”) e de cunho social (reorganização do movimento sindical e das reivindicações de reforma no campo).

    Houve também uma importante inovação na produção cultural, com críticas a problemas políticos e sociais do momento. Pressionado por essas circunstâncias, o governo militar cedeu e o País pôde passar por uma transição política cujo desfecho seria o restabelecimento da democracia: Lei da Anistia (1979), volta do pluripartidarismo (1979), eleições diretas para governador (1982), nova Constituição (1988) e primeira eleição presidencial direta em quase três décadas (1989).

    GABARITO:

    d) A chamada década perdida no Brasil foi marcada por grave crise econômica, pela transição para o regime democrático, pela gradual normalização das instituições políticas próprias da democracia, pelo fortalecimento dos movimentos sociais e civis e pela efervescência cultural.