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ID
3953044
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Cananéia - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Durante uma reunião pedagógica em uma creche, os professores discutiam as características do processo de inclusão escolar. Surgiram muitas divergências de opiniões, por isso, a diretora sugeriu a leitura da obra de Mantoan (2001) a qual afirma que a inclusão implica

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    que o estudante se adapte ao novo conhecimento e regule sua construção.

  • Assertiva E

    A) que os estudantes aprendam a partir de currículos adaptados. Segundo Mantoan a inclusão vai muito além de apenas adaptação curricular ela defende que todos devem aprender juntos com o colega na escola regular.

    B)a necessidade de segregar os alunos em seus atendimentos. Não temos uma visão de inclusão com a segregação, pois quando o estudante é excluído não acontece a inclusão.

    C)a importâncias de ensinar de forma individualizada e personificada. Vide assertiva A, autora defende uma aprendizagem coletiva em que o aluno é coautor.

    C)o aprofundamento dos conhecimentos teóricos pelos professores. Não abarca a pergunta, apenas o aprofundamento teórico sem a prática torna-se ineficaz para uma real inclusão

    D)que o estudante se adapte ao novo conhecimento e regule sua construção. Certo, o estudante deve se adaptar ao conhecimento, regulando no sentido de ser construtor de seu conhecimento

  • Para responder essa questão, o candidato deve indicar a alternativa apresenta a concepção da autora Maria Teresa Eglér Mantoan sobre o que a inclusão escolar implica. 

    A autora Maria Teresa Eglér Mantoan, em sua obra “Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer?", pontua que a inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. Mantoan ressalta que não se trata de uma aceitação passiva do desempenho escolar, e sim de agirmos com realismo e coerência e admitirmos que as escolas existem para formar as novas gerações, e não apenas alguns de seus futuros membros, os mais capacitados e privilegiados. Esse é um grande desafio a ser enfrentado ao reorganizar as escolas, cujo paradigma é meritocrático, elitista, condutista e baseado na transmissão dos conhecimentos, não importa o quanto estes possam ser acessíveis ou não aos alunos. 
    E certo que não se consegue predeterminar a extensão e a profundidade dos conteúdos a serem construídos pelos alunos nem facilitar/adaptar as atividades escolares para alguns, porque somos incapazes de prever, de antemão, as dificuldades e as facilidades que cada um poderá encontrar para realizá-las. PARA A AUTORA, É O ALUNO QUE SE ADAPTA AO NOVO CONHECIMENTO E SÓ ELE PODE REGULAR O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO INTELECTUAL. A maioria dos professores não pensa assim nem é alertada para esse fato e se apavora, com razão, ao receber alunos com deficiência ou com problemas de aprendizagem em suas turmas, pois prevê como será difícil dar conta das diferenciações que um pretenso ensino inclusivo exigir-lhes-á. 
    A autora ainda aponta outra situação que implica recriação dos espaços educativos de trabalho escolar, que diz respeito ao trabalho em sala de aula, ainda muito marcado pela individualização das tarefas. Experiências de trabalho coletivo, em grupos pequenos e diversificados, mudam esse cenário educativo, exercitando a capacidade de decisão dos alunos diante da escolha de tarefas, a divisão e o compartilhamento das responsabilidades com seus pares, o desenvolvimento da cooperação, o sentido e a riqueza da produção em grupo e o reconhecimento da diversidade, bem como a valorização do trabalho de cada pessoa para a consecução de metas que lhes são comuns. Um hábito extremamente útil e natural, e que tem sido muito pouco promovido nas escolas, é o de os alunos se apoiarem mutuamente durante as atividades de sala de aula. 

    Fonte: Mantoan, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? . São Paulo: Moderna, 2001. 

    Portanto, a letra E é a alternativa correta. 

    Gabarito do Professor: Letra E.