Questão 3999097

• Banca: UFPR
• Órgão: PM-PR
• Ano: 2019
• Provas: UFPR - 2019 - PM-PR - Aspirante
• Disciplina: História
• Assuntos: História do Brasil; Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

Aqui no Brasil tratou-se desde o início de aproveitar o índio, não apenas para obtenção dele, pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim como elemento participante da colonização. Os colonos viam nele um trabalhador aproveitável; a metrópole, um povoador para a área imensa que tinha de ocupar, muito além de sua capacidade demográfica. Um terceiro fator entrará em jogo e vem complicar os dados do problema: as missões religiosas.

(PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.)

Baseando-se no trecho acima sobre o trabalho indígena no Brasil Colônia, assinale a alternativa correta. 

• A. Os indígenas serviram como um elemento ativo e fundamental na colonização da região Nordeste, enquanto na região Centro-Sul sua mão de obra foi utilizada de maneira escassa.
• B. Os jesuítas segregavam os indígenas em aldeias, para evitar a escravização da mão de obra nativa durante a colonização portuguesa.
• C. Os colonizadores espanhóis, ao contrário dos portugueses, não utilizaram a mão de obra indígena, constituindo uma sociedade baseada na colonização de povoamento.
• D. O tipo de trabalho executado pelos indígenas era bastante rudimentar, e a dependência da metrópole em relação a essa mão de obra provocou atraso econômico e cultural para a colônia brasileira.
• E. Com o início do tráfico de escravos africanos, a mão de obra indígena deixou de ser utilizada no processo de colonização.

Gabarito: B

Comentários

• GABARITO: B

  Pois os Jesuítas queria adeptos de suas religiosidades, portanto protegiam os indios, ensinavam técnicas agrícolas, a se alfabetizarem, a novos costumes, inclusive ao cristianismo.

• Aquele momento em que tu desmarca a certa para marcar a errada...

• Gabarito (B)

  Embora os Jesuítas tiveram o mérito de tentar proteger os índios da escravidão imposta pelos colonos, para eles chegava a ser duvidoso que os índios fossem pessoas. Enxergava-lhes como povos animalescos. O Padre Manuel da Nóbrega, por exemplo, dizia que "índios são cães em se comerem e matarem, e são porcos nos vícios e na maneira de se tratarem".

  Bons estudos!

• Via de regra, quando se estuda a questão de mão de obra no período em que o Brasil foi domínio português, há grande ênfase no trabalho escravo dos africanos , dando-se menos atenção ao trabalho nativo. Daí fica a ideia de que as comunidades nativas ou ficaram à salvo nas aldeias criadas pelos jesuítas, fugiram para as florestas e matas ou ainda relacionaram-se pacificamente com o dominador português.
  
  As três opções indicam possiblidades parcialmente verdadeiras e, falsas até certa medida. Houve grupos nativos que se relacionaram de forma razoavelmente pacífica, o que não evitou sua dizimação por doenças. Outros passaram a viver em reduções jesuítas (aldeias), sendo usados como mão de obra para a exploração, por exemplo, de plantas medicinais da Amazônia. Houve ainda grupos que, ao perder guerras contra os brancos, buscaram refúgio em matas e florestas no interior do território. Nessas áreas eram perseguidos e aprisionados para o trabalho escravo
  
  Uma das alternativas apresenta uma afirmativa correta acerca da questão da utilização da mão de obra nativa durante o período colonial do Brasil
  
  A) INCORRETA- Na região nordeste, em áreas de plantio da cana-de-açúcar para exportação, há a maciça utilização do braço escravo africano.
  
  
  B) CORRETA- Padres da ordem jesuíta participaram das expedições marítimas desde os primeiros momentos. Sua proposta era a de conversão de almas. Os nativos eram considerados povos inferiores mas, inocentes. Cabia a evangelização para que suas almas fossem salvas. A proposta de escravização não coaduna com a de evangelização. Por este motivo os jesuítas fugiam com nativos e foram se interiorizando no território. Nestes territórios nativos eram mantidos a salvo em aldeias separadas das áreas de colonização.
  
  
  C) INCORRETA- Ao contrário dos portugueses, os espanhóis utilizaram mais a mão de obra nativa do que a africana em regime de escravidão. O colonizador espanhol adaptou formas de trabalho de impérios nativos, como o Asteca e o Incaico, para as suas necessidades de exploração mineral e trabalho agrícola.
  
  
  D) INCORRETA – Segundo a lógica europeia o trabalho realizado pelos nativos do território brasileiro pode ser considerado rudimentar. Mas, o colonizador português não estabeleceu dependência do trabalho nativo e sim do trabalho escravo africano. E os lucros de comerciantes e da coroa portuguesa foram significativos.
  
  
  E) INCORRETA- O tráfico de africanos para escravização não eliminou a escravidão nativa, principalmente nas áreas menos importantes para o comércio e lucro da metrópole.
  
  
  Gabarito do Professor: Letra B.

• Sobre a letra E:

  Não foi com o início do tráfico de escravos africanos que a mão de obra indígena deixou de ser utilizada. Foi de maneira gradativa: por causa das recusas do indígenas, pressão dos jesuítas, mortes de uma grande parte dos índios, entre outros..

  Veja essa animação:

  https://www.youtube.com/watch?v=rXYnUkHzmkA&list=PLZrR5RU6gEf4LzxuKDputMZFtYSLF5Quv&index=2

• Letra B . Os jesuítas mantinham os nativos nas chamadas “reduções “ onde eles davam uma cara mais social ou mais europeia a eles,ensinado-os a tocar instrumentos a ler entre outros afazeres mais modernos

• Os jesuítas acharam nos índios uma forma de "expandir a fé católica " com a catequização e com isso os protegiam.