"Caminhos e Fronteiras" é um livro do historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda, que relata a história da lenta ocupação territorial promovida pelos bandeirantes, os processos e procedimentos da expansão. Nele o autor descreve técnicas e práticas cotidianas - de caça e coleta, de lavoura, de viagem, de vestimenta.
A sobreposição do conhecimento adquirido na natureza (índios) e das técnicas europeias (homem branco) marcaram a tônica do livro. Por este motivo há, em vários momentos, a explicitação de lendas, costumes e práticas dos nativos. É o que mostra o trecho transcrito.
Uma das alternativas aponta corretamente uma característica do mito do Curupira, apresentado no trecho transcrito.
A) CORRETA- O curupira protege a floresta da destruição. Portanto, garante o meio de sobrevivência dos nativos. Ao mesmo tempo ele desperta medo entre os indígenas, o que representa o medo do desconhecido dessas populações que viviam de forma nômade e semi-nômade pela floresta, primordialmente na Amazônia.
B) INCORRETA- O mito não é uma narrativa urbana e, não apresenta nenhuma característica relacionada à vida urbana. É um mito nascido e alimentado entre os povos da floresta.
C) INCORRETA- A figura do curupira não é sincrética. Ou seja, ela não nasce da mescla entre as culturas negras, branca europeia e nativa. Ele é uma representação cultural de povos nativos do Brasil.
D) INCORRETA- Além do curupira não existir entre os nativos da América do Norte e Central, os mitos greco-romanos chegam até nós com poucas alterações feitas na América.
E) INCORRETA – A lenda do curupira não tem origem europeia. O mito é nacional, originário dos povos da floresta – os indígenas. Há menções a ela no século XVI. É uma das lendas mais antigas do folclore brasileiro.
Gabarito do professor: Letra A.