“Voyages contém dados sobre mais de
3,8 milhões de escravos embarcados
em navios luso-brasileiro na África e cerca de 3,4 milhões desembarcados nas
Américas (…). A maior parte dos africanos trazidos por comerciantes luso-brasileiros embarcou em navios que haviam
partido de portos brasileiros. De acordo
com Voyages, pelo menos 37% dos escravos transportados por traficantes luso-brasileiros embarcaram em navios
que haviam partido do Rio de Janeiro,
36% em navios saídos de Salvador da
Bahia e 12% em embarcações de Recife em Pernambuco. O restante, cerca
de 15%, foi transportado em navios que
haviam partido de outros portos, com
Lisboa, Porto, Belém do Pará e São Luís
do Maranhão.”
SILVA, Daniel B. Domingues da. Brasil e Portugal no
Comércio atlântico de escravos: um balanço histórico e
estatístico. In. GUEDES, Roberto (org.). África – Brasileiros
e Portugueses. Rio de Janeiro, Mauad X, 2013 p.53-54.
No início do século XVII, o tráfico de escravos da África para o Brasil passou a ser
regular e tinha intima relação com as economias desenvolvidas no Brasil colonial.
Com base nos dados apresentados, é possível afirmar que:
I – Pelos dados apresentados, o porto do
Rio de Janeiro já era o mais concorrido
para o desembarque de pessoas na condição de escravos, podendo evidenciar a
maior atividade econômica desta região,
como, por exemplo, a economia aurífera
ou do ouro.
II – A cidade do Salvador, com base nos
dados apresentados, mantinha o segundo lugar no trato de escravos podendo
evidenciar a continuidade da importância
da economia do açúcar e do tabaco.
III – Pernambuco, pelos dados do Voyages, aparecia com 12% dos navios embarcados revelando a falência da economia açucareira e aurífera daquela região.
IV – A presença de diversos portos no
trato ou tráfico de escravos evidencia o
quanto a economia do escravismo e da
escravidão estavam disseminadas na
Idade Moderna.
Marque a alternativa que apresenta as preposições verdadeiras: