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ID
4022149
Banca
VUNESP
Órgão
UEA
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Barão do Rio Branco estava atento à opinião pública, que clamava pela defesa dos brasileiros do Acre. Se o território era tradicionalmente reconhecido como boliviano, a população que para lá se deslocara era majoritariamente brasileira. O barão conseguiu neutralizar a possibilidade de apoio estrangeiro às pretensões bolivianas ao indenizar os acionistas da empresa anglo-americana Bolivian Syndicate. Ele afastou também o Peru, reservando seus direitos para uma negociação posterior, e concentrou-se na negociação com a Bolívia.

(Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos. O evangelho do Barão, 2012. Adaptado.)

O autor refere-se às negociações diplomáticas que deram origem ao Tratado de Petrópolis de 1903. A incorporação do Acre ao território brasileiro envolveu

Alternativas
Comentários
  • No final do século XIX e início do século XX a indústria automobilística começou a se expandir nos Estados Unidos. E, por conta disso, a demanda de látex – borracha- para a fabricação de pneus, deslanchou na região da Amazônia. Na verdade a maior parte da borracha utilizada em pneus saía das seringueiras da floresta amazônica. 
    Houve uma geração de empregos que atraiu nordestinos que eram flagelados da seca. Muitos migraram para a região norte e, em busca das seringueiras, foram se embrenhando na floresta, na região em que hoje está o Acre e que, à época, pertencia à Bolívia. A ocupação da área por brasileiros gerou uma tensão diplomática entre Brasil e Bolívia. Esta tensão ficou conhecida como Questão do Acre.
    A solução se deu por negociações e arbítrio do rei Leopoldo da Bélgica. O negociador brasileiro foi o Ministro das Relações Exteriores, José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco. Ele era o único ministro de Estado, nobre, que permaneceu no governo após a proclamação da República. Pelo Tratado de Petrópolis de 1903 estabeleceu o acordo entre Brasil e Bolívia. O Brasil pagou 2 milhões de libras esterlinas de indenização à Bolívia. Ainda cedeu pequenos territórios no Mato Grosso e faixas de terra na região do rio Abunã, na fronteira entre os dois países. O Brasil indenizou ainda a empresa Bolivian Syndicate que perdeu o contrato com a Bolívia para explorar a região que se tornou o Acre. 
    Por ser uma época de exportação de látex altamente lucrativa e, que dava emprego a milhares de nordestinos fugidos da seca, o pagamento de indenização e a perda de pequenos territórios valeram a pena para o Brasil. 
    Pede-se que seja assinalada a alternativa que indica os interesses e grupos envolvidos na Questão do Acre 
    A) CORRETA- Seringueiros, empresas internacionais e Brasil, Bolívia e Peru disputando territórios são, sem dúvida, as partes em conflito, e depois, em negociação.
    B) INCORRETA- Não há mais América Espanhola pois os processos de independência já haviam sido finalizados. É uma questão entre Estados soberanos. E, apesar de terem acontecido conflitos armados na região em litígio, não há guerra declarada entre Brasil e Bolívia. Por fim, as reações contra uma possível hegemonia brasileira viriam da Argentina principalmente e não da Bolívia. 
    C) INCORRETA- A exploração da área não é de minérios. Não há disputa partidária envolvida na Questão do Acre. Há interesses de empresários.
    D) INCORRETA – A extração das drogas do sertão é da época colonial e houve uma questão entre a Ordem Jesuítica e o Marques de Pombal, primeiro ministro de Portugal. Não há registro de disputa desta área na época colonial. Mas, houve arbitragem internacional representada pelo rei Leopoldo da Bélgica. 
    E) INCORRETA – Projetos de proteção ambiental não são desta época. A escravidão dos nativos não era uma questão que fosse de importância nacional, até mesmo porque a escravidão de nativos era proibida desde a época colonial. A catequização de sociedades tribais poderia ser uma questão em pauta mas não interfere na disputa do território do Acre.
    Gabarito do professor: Letra A.
  • Pra quem não sabe o que é Seringueiro( BORRACHA)

    Seringueiro é o personagem típico da região dos seringais. É aquele que extrai o látex das seringueiras e viabiliza sua transformação em borracha natural. Seringalista é o proprietário do seringal. A seringueira é uma planta brasileira (hevea brasiliensis) da família das euforbiáceas, originária da Amazônia.