A greve geral de 1917 foi uma convulsão operária
sem precedentes. Suas raízes estavam no
trabalho fatigante, insalubre e perigoso das
fábricas, mas a principal reclamação dos
grevistas era o custo de vida. Na falta do pão,
“remediavam com o saque dos depósitos
de farinhas”, justificou o anarquista italiano Gigi
Damiani. Enquanto isso, exportadores armazenavam
gêneros de primeira necessidade à espera da
alta dos preços no mercado internacional. (SILVA,
2005, p. 52).
Os trabalhadores que se insurgiram na greve de 1917, em São
Paulo, e que formavam o embrião do operariado brasileiro
originavam-se de