- ID
- 4105279
- Banca
- CESGRANRIO
- Órgão
- FMP
- Ano
- 2014
- Provas
- Disciplina
- Literatura
- Assuntos
Leia, a seguir, o poema Soneto da separação, de Vinícius de Moraes.
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
(MORAES, Vinícius. Livro de Sonetos – 1957/1967. São Paulo: Companhia
das Letras, 1991.)
Considere as seguintes afirmações sobre o poema de Vinícius de
Moraes.
I. O amor, e sua rima mais conhecida e banalizada, a dor, sempre
caminharam juntos da poética de Vinícius de Moraes.
II. Nos inúmeros poemas de amor de Vinícius, a influência da poesia
camoniana é muito forte e pode ser observada na tentativa de analisar
o amor, na preferência pelo soneto como forma poética, e no uso
frequente de antíteses para expressar a ausência total de contradições
próprias desse sentimento.
III. A ideia central de Soneto da separação, em que as antíteses mostram
o impacto da perda do amor na vida das pessoas, é o amor como um
sentimento poderoso e fugaz.
Está(ão) correta(s):