Quase sempre a Geografia trabalha os fenômenos
populacionais de forma abstrata, na qual os números
substituem os indivíduos e os comportamentos humanos
são relegados ao segundo plano. Quando a preocupação
do geógrafo é estudar a população como reserva disponível
de recursos humanos, os números são da maior
importância, pois revelam o potencial que a população
apresenta para a realização dos programas de
desenvolvimento. Mas, dentro de uma perspectiva mais
crítica, a abordagem numérica revela-se insuficiente. Ela
não nos permite conhecer as condições concretas de vida
dos indivíduos [...].
SCARLATO, Francisco Capuano. População e Urbanização
Brasileira. In: ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do
Brasil. São Paulo: Edusp, 2008, p.383-384.
Nos estudos da geografia da população, as teorias
demográficas tentam explicar a relação entre o crescimento
populacional e a pobreza. Considerando os estudos
populacionais, para além da abordagem numérica, analise
as alternativas que seguem:
I. Thomas Malthus foi um dos primeiros teóricos a
estudar as relações entre população e as leis do
crescimento econômico, influenciando, inclusive,
Charles Darwin, criador da mais conhecida teoria da
evolução biológica.
II. Os recenseamentos realizados pelos países
membros da ONU tornaram-se importantes
instrumentos de controle da fome no mundo
subdesenvolvido.
III. A implantação do registro civil obrigatório na República
significou a tomada, por parte do Estado, do controle
político dos registros de nascimentos, mortes e
casamentos, até então pertencente à Igreja.
IV. Na perspectiva reformista, o declínio da taxa de
crescimento da população brasileira pela queda da
fecundidade vem favorecendo a distribuição da renda
nacional.
V. Enquanto o estudo da demografia explica as leis de
crescimento econômico e mudança na estrutura da
população, a geografia da população explica os
fatores das suas diferentes formas de distribuição
espacial.
Estão corretas as alternativas: