A sua poesia verdadeira, a que lhe deu glória e popularidade porque constituía, realmente, a
expressão de sua alma, o grito das suas artérias, a voz do seu temperamento, era aquela que
alguém chamou, uma vez, o seu “erotismo dourado”. Drummond sem beijos, sem a ronda
voluptuosa dos corpos sensuais e fugitivos, das bocas súplices e dos braços estendidos como
tentáculos do pecado, não seria Drummond.