O efeito Fisher define que a taxa de juros nominal é igual à taxa de juros real mais a expectativa de inflação. Esta, atualmente, parece ser uma afirmação inclusive óbvia. Mas, na época, foi um dos primeiros a verificar esta relação.
Considere a situação do Brasil em 2018 com a no valor de 6,5%.
A expectativa de inflação, para o ano, é de 4,5%.
Isto signifique que o Brasil apresenta um juro real de 2%.
Imagine, então, que devido a um pessimismo com a economia, a expectativa de inflação se eleve. Suponha que ela chegue a 6%.
Lembre-se que, de acordo com Irving Fisher, a taxa de juros nominal é a soma da taxa real com a expectativa de inflação.
Como a taxa de juros real é fixa no curto prazo, o que aconteceria com a taxa de juros nominal?
Ela subiria até 8%. Dessa forma, novamente, a taxa de juros nominal seria:
2% (taxa real) + 6% (expectativa de inflação) = 8%
Esta teoria, através da análise da macroeconomia, se provou real na maioria dos casos. Inclusive no Brasil.
Em 2014 e 2015, por exemplo, quando as expectativas de inflação se elevaram, ocorreu posteriormente uma elevação na taxa nominal de juros.
Posteriormente, quando o país conseguiu superar a sua crise financeira, e as expectativas de inflação se reduziram, a taxa Selic cedeu até atingir a sua mínima histórica de 6,5%.