- ID
- 4164295
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- HUB
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Medicina
- Assuntos
Um homem de 43 anos de idade, aposentado, que
trabalhou em indústria de cimento, tinha hábitos alcoólicos
superiores a 50 gramas/dia, nos últimos 20 anos. Notou,
pela primeira vez, havia 3 anos, aumento do volume abdominal,
edemas dos membros inferiores e face. Associado a esse quadro,
apresentou parestesias dos quatro membros com evolução
progressiva e, um mês antes da internação, necessitou ficar
acamado por fadiga e adinamia. Foi internado na emergência
para investigação. Durante o exame físico, o paciente estava
consciente, orientado, com 41,9 quilogramas de peso e altura
de l,69 metros. A pele apresentava rarefação pilosa e telangiectasias
da face. As mucosas estavam úmidas e hipocoradas (+2/+4),
e perfusão periférica com tempo de enchimento capilar menor
que 2 segundos. Foram verificados, ainda, tórax e abdome com
circulação colateral, edema da parede abdominal e dos quatro
membros (+3/+4). Abdome ascítico, hepatomegalia de bordas lisas,
indolor, palpável 4 centímetros abaixo do rebordo costal direito.
O hábito intestinal do paciente era de uma evacuação a cada
dois dias. Com relação ao sistema nervoso central, os membros
superiores apresentavam hipoestesia bilateral em luva até os
cotovelos e os inferiores, hipoestesia em meia até os joelhos,
além de incapacidade de marcha. O paciente referiu inversão
do ciclo sono e vigília.
Considerando o caso clínico apresentado, julgue o item a seguir.
A permanência do consumo de álcool pelo paciente é uma
das causas mais comuns de descompensação aguda, da doença
hepática instalada. Porém, caso a doença no paciente em
questão evolua com insuficiência hepática, precipitada pelo
álcool, o prognóstico tende a ser melhor que aqueles cuja
evolução foi precipitada por hemorragia digestiva alta ou
por infecções.