A escravidão foi introduzida no Brasil no início do século XVI, quando começa a efetiva ocupação do território. A princípio eram escravizados os nativos, para trabalhar nas lavouras. Pouco a pouco foram sendo substituídos pelos africanos.
Na verdade acredita-se, embora as fontes sejam poucas, que até o século XVII a mão de obra escrava era somente nativa.
Porque, então, os nativos foram substituídos por africanos se a escravização daqueles que já estavam na terra era muito mais barata do que a compra de africanos traficados ?
Há vários fatores. O nativo não estava acostumado ao trabalho agrícola contínuo para a produção de excedentes. Isso não fazia parte de sua cultura. As comunidades nativas eram nômades ou seminômades. Além disso, em muitos grupos o trabalho na agricultura era das mulheres portanto, pouco ou nada sabiam os guerreiros do trabalho com a terra. Ademais, por conhecerem o território, aproveitavam melhor as chances de fuga.
Havia também a disputa com a Igreja Católica que entendia os nativos como “almas infantis" que deveriam ser catequizadas. Padres fugiam com os índios para o interior para protegê-los. Até que chegou-se à proibição de escravização de nativos o que diminuiu mas, não acabou com a prática, principalmente nas áreas pouco lucrativas.
Por último, o tráfico negreiro trazia lucros para a coroa portuguesa, por conta de muitos comerciantes de escravos serem portugueses e buscarem os africanos para escravização nas praças comerciais portuguesas no litoral atlântico da África. Tais comerciantes pagavam impostos à coroa, além de capitais para o desenvolvimento da metrópole portuguesa.
Assim, a escravidão de nativos e negros foi a forma de trabalho base desde o início da dominação portuguesa até o século XIX, já no período monárquico da história política do Brasil independente. O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão de maneira definitiva, em 1888, por conta do poder hegemônico dos proprietários de escravos,
A afirmativa apresenta uma ideia de História verdadeira.
Gabarito do Professor: CERTO.